Filho de Pedro Lima revela o que mais o "chateou" na morte do pai
João Francisco Lima recordou o ator, que morreu no Verão de 2020.
Este Verão faz cinco anos da morte do ator Pedro Lima. O filho mais velho, João Francisco Lima, recordou o pai e falou sobre todo o processo que teve de enfrentar.
“Eu via o meu pai num estado de depressão severa, pesada e difícil“, desabafou no podcast 'Aqui Entre Nós', revelando o que mais o "chateou": "[Foi] não haver uma nota de despedida. Parece um bocado ridículo, mas quase mais que a ação em si própria, foi não ter dito nada sabendo que o ia fazer (…) A pessoa quando está a tomar aquela decisão não está a pensar em nós, ou não dessa forma, não é sobre nós, é sobre ela".
"Acho que a maior parte das pessoas [que fica] que tem esse sentimento de frustração, vem de um lugar muito egoísta, é mesmo uma coisa de: ‘eu queria ter feito diferente e 'tu não me deste a capacidade de fazer diferente’. Ninguém é responsável por nós, se queríamos ter feito diferente, tínhamos feito diferente", notou.
De seguida, João Francisco Lima revelou que demorou "cerca de dois dias" a aceitar a notícia. "Dei por mim a pensar em toda uma vida que eu tinha perspetivado e quais é que eram os pontos críticos em que eu sabia que ia ser um soco no estômago porque o meu pai não ia estar lá: a entrada no meu mestrado, o primeiro trabalho, a minha primeira casa, se e quando eventualmente me casasse, cada um dos meus filhos. Tudo isso, tive de ir a esse momento, quase que o vivi à luz do momento presente e tive de aceitar que ia ser assim", afirmou.
Questionado por Rita Coelho Vieira sobre se sentiu que tinha de compensar a ausência do pai, o jovem esclareceu: "A única coisa que eu fiz foi fazer de uma forma melhor, mais vincada, exatamente o que eu já fazia antes: conviver com base no exemplo. Continuei a assumir essa responsabilidade de irmão mais velho que mesmo assim não é uma responsabilidade, nós não temos responsabilidade sobre os nossos irmãos, mas eu encaixei em mim essa ideia de continuar a fazer o que eu fazia até agora, que é ser consciente que tenho dentro do meu núcleo familiar pessoas que não é por eu ser mais velho ou mais novo, mas pela proximidade ou convivência que me dão uma certa credibilidade, que têm um certo apreço por mim e que me veem como uma referência".
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