Há referências a Portugal nos ficheiros do pedófilo Jeffrey Epstein

Milionário fez escala nos Açores quatro vezes em 2002, sempre acompanhado por Bill Clinton.

21 de dezembro de 2025 às 21:41
Bill Clinton e Jeffrey Epstein
Jeffrey Epstein e Donald Trump
Donald Trump e Jeffrey Epstein
Trump e Epstein com Ghislaine Maxwell e uma jovem
Cartaz a exigir a divulgação total dos arquivos de Jeffrey Epstein
Popular exige a divulgação total dos arquivos de Jeffrey Epstein
Donald Trum e Jeffrey Epstein numa festa
Donald Trump rodeado de mulheres - uma das fotos agora apagada
Páginas e páginas rasuradas dos arquivos Epstein

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Entre os documentos divulgados na sexta-feira pelo Departamento de Justiça americano, constam registos da passagem de Jeffrey Epstein por Portugal, revelou o site ‘Página Um’. O avião privado do magnata fez escala no aeroporto de Santa Maria, nos Açores, pelo menos quatro vezes, todas em 2002 e sempre com o antigo presidente americano Bill Clinton a bordo.

Entretanto, e depois da forte contestação a que o Departamento de Justiça se sujeitou após a divulgação de documentos rasurados e com centenas de páginas em falta, pelo menos mais 16 documentos que constavam da documentação apresentada foram retiradas do site na manhã de ontem – o que aumentou ainda mais a ira dos americanos e, sobretudo, das vítimas, que receiam o encobrimento dos factos.

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Uma das fotos que foi apagada mostrava uma sala de massagem, decorada com quadros com cenas sexuais explícitas, e outra tinha Donald Trump com várias mulheres. O Vice-Procurador-Geral dos EUA, Todd Blanche, veio a público explicar que essa foto teria sido eliminada para “proteger a identidade das vítimas”, mas até entre os republicanos a censura dos documentos está a cair mal. O senador republicano Rand Paul defende que “a documentação deve ser divulgada na íntegra”.

O mesmo pedem as mulheres que dizem ter sido traficadas por Jeffrey Epstein para as festas de sexo. Entre as vozes de protesto está Marina Lacerda, que foi fundamental para levar Epstein à justiça em 2019. Marina, que diz ter sido violada pelo empresário quando tinha apenas 14 anos – e que exige o vídeo da violação – voltou a protestar. “Estamos furiosas com isto. É mais uma bofetada na cara das vítimas, que esperavam muito mais da Justiça.”

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