Humoristas desafiam Trump e defendem Jimmy Kimmel
Jon Stewart, Stephen Colbert e Jimmy Fallon começaram os seus programas a mostrar a sua solidariedade pelo colega, que foi suspenso por comentário à morte de Charlie Kirk.
Num gesto desafiador a Donald Trump, os humoristas norte-americanos Jon Stewart, Stephen Colbert e Jimmy Fallon arrancaram esta quinta-feira, dia 18, os seus programas de grande audiência com referências explícitas e solidariedade implícita face à suspensão do colega Jimmy Kimmel.
O programa de Stewart optou pela sátira e abriu com um locutor a apresentar "o novíssimo 'Daily Show', aprovado pelo governo", com o seu "apresentador patrioticamente obediente". Já Colbert - cujo programa vai ser cancelado em maio - começou o seu monólogo a dizer: "Esta noite somos todos Jimmy Kimmel". O humorista declarou ainda que a decisão da ABC de tirar o programa de Kimmel do ar "por tempo indeterminado" equivale a uma "censura descarada". "Com um autocrata, não podemos ceder um centímetro", disse, acrescentando: "Se a ABC acha que isso vai satisfazer o regime, eles estão a ser lamentavelmente ingénuos."
No 'The Tonight Show", Jimmy Fallon abordou a suspensão do colega, que considera "um tipo decente, divertido e querido" e pediu o seu regresso, antes de iniciar uma série de piadas sobre a viagem de Trump ao Reino Unido. Apesar de estar retirado, o veterano David Letterman também criticou a decisão da ABC. "Não podem sair por aí a demitir alguém por medo ou a tentar bajular uma administração autoritária e criminosa na Sala Oval. Simplesmente, não é assim que funciona", disse, no The Atlantic Festival.
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