Mituxa Jardim: "Não agi com intenção de ofender”

Mituxa Jardim, relações públicas, é arguida, tal como a irmã Cinha e a sobrinha Sofia, no processo instaurado por Joana Lemos. A ex-piloto acusa-as de difamação, injúria e calúnia. Mituxa garante ter sido apanhada de surpresa com o julgamento que começa dia 19.

Correio da Manhã – Que expectativas tem em relação à audiência do próximo dia 19?

Mituxa Jardim – Não considero que tenha ofendido quem quer que seja, mas é, como se diz, ‘quem não se sente não é filho de boa gente’ e, se por um lado, não agi com qualquer intenção ofensiva, por outro, reagi a quente, é certo. De qualquer modo, nunca pensei que chegássemos a este ponto...

– E como chegaram a este ponto?

– Confesso que fui apanhada de surpresa por esta audiência. Já não estava à espera. Sempre achei que o tempo cura tudo, mas, neste caso, não foi assim e, quatro anos depois da agressão da Joana à Sofia e do processo da Sofia à Joana, do seu arquivamento e da nossa revolta, volta tudo ao princípio.

– A união familiar terá sido mais prejudicial do que benéfica?

– Somos um clã, o que, por vezes, é mencionado com desprezo, mas só por quem não sabe o que é uma família unida. Mantenho a frio o que disse a quente e nunca menti nem para proteger os meus, agora, quando sofre uma, sofremos todas.

– Mas não eram todas amigas?

– Não sendo íntimas, éramos todas amigas, sim... Mais próximas eram as duas envolvidas, a Sofia e a Joana, que até andaram juntas no colégio, andavam juntas, davam-se bem.

– E não houve qualquer contacto de parte a parte desde 2005?

– Nunca mais falámos, mas eu e a Joana já estivemos no mesmo espaço no Algarve, no Nikki Beach, sendo eu relações públicas e ela convidada. Somos pessoas civilizadas.

– Mas não o suficiente para evitar o tribunal?

– Pois, sinceramente, tenho pena... Se algum bem pode resultar disto é esclarecer de uma vez por todas o que foi que se passou com a Joana e a Sofia, um mistério, para mim, até hoje!