Morreu Diane Keaton, uma das musas de Woody Allen

A atriz que se popularizou nos filmes de Woody Allen – sobretudo ‘Annie Hall’ (que lhe valeu um Óscar), que brilhou nos ‘Padrinhos’ de Francis Ford Coppola e que nos últimos anos se dedicou de alma e coração às comédias – destacando-se títulos como ‘Alguém Tem Que Ceder’, ao lado de Jack Nicholson, ou ‘O Pai da Noiva’ (1 e 2), com Steve Martin – morreu na Califórnia, aos 79 anos. A notícia foi confirmada pela família à revista ‘People’ sem que a causa da morte tenha sido anunciada. Nascida em Los Angeles em 1946, filha de um engenheiro civil e de uma dona de casa, Diane Hall, de nome verdadeiro, desejou a fama desde miúda. Estudou drama no liceu e foi para a Universidade prosseguir os estudos, mas desistiu para se mudar para Nova Iorque e tentar a sorte no teatro. Adotou o nome de solteira da mãe – Keaton (porque já havia uma Diane Hall) – e em 1968 começou a trabalhar na Broadway. O primeiro papel relevante aconteceu na peça ‘Play It Again, Sam’, de Woody Allen, com quem namorou vários anos. Foi o início de tudo. Nos anos 1970 o seu rosto foi imortalizado no ecrã nos filmes ‘O Padrinho’ e fez um total de oito filmes com Woody Allen. De uma carreira profícua, onde se destacam obras como ‘Reds’ e ‘O Clube das Divorciadas’ confessou, um dia, que preferia a série ‘O Pai da Noiva’. “Sei que é piroso, mas acho os filmes tão tocantes…”

Na vida pessoal, além de Woody Allen (que defendeu quando este foi acusado de abuso sexual sobre a enteada), namorou com Warren Beatty e Al Pacino, mas nunca casou. Em jovem, sofreu de bulimia durante muitos anos – que ultrapassou graças à terapia – e aos 50 anos adotou dois filhos. “Nunca senti urgência em ser mãe”, chegou a dizer, “mas a maternidade transformou-me. Ser mãe torna-nos humildes.” São estes filhos que agora pedem privacidade. Querem fazer o luto da mãe em paz.