Orgasmos: "Foi preciso repetir muitas vezes, mas com prazer"
Clara Pinto Correia, escritora e cientista, deixou-se fotografar pelo companheiro, Pedro Palma, enquanto faziam amor.
Clara Pinto Correia, escritora e cientista, deixou-se fotografar pelo companheiro, Pedro Palma, enquanto faziam amor. O resultado é uma exposição que mostra as suas expressões enquanto tem orgasmos. Uma forma, segundo ela, de eternizar o estado de paixão que está a viver.
– A ideia do seu companheiro, Pedro Palma, de registar os orgasmos femininos não é de hoje...
– Era uma ideia antiga que ele tinha e, quando nos conhecemos, foi das primeiras coisas de que falámos. Isto acontece também por estarmos a viver um estado de paixão e que é efémero. É muito bonita a ideia de conseguirmos cristalizar o estado de paixão enquanto ele está a acontecer em fotografia e em texto.
– Fazer a sessão fotográfica foi fácil?
– Foi uma trabalheira. Tínhamos várias máquinas em tripés, ligadas a computadores para as fazer disparar em intervalos sincronizados. Depois foi preciso escolher dezenas de milhares de fotografias para chegar às dez que constam da exposição. Foi preciso repetir muitas vezes, mas com prazer.
– Foi fácil abstrair-se de que estava a ser fotografada?
– Sem dúvida. Uma mulher apaixonada que está a fazer amor não pensa em mais nada.
– Os tripés e as câmaras não foram inibidores?
– Para mim, não. É a mesma coisa do que estar a ouvir música. É um ambiente, um pano de fundo, é como estarem luzes a passar pela sala. Não tem absolutamente interferência nenhuma .
– Qual a mensagem que quer passar ao expor a sua intimidade?
– Que é preciso não esquecer a felicidade incrível que o amor nos dá e a energia que só se pode ir buscar ao amor e à paixão. Por isso, espero que com esta exposição as pessoas se lembrem disso.
– Vive uma relação muito intensa.
– É bom encontrarmos alguém com quem sentimos a complementaridade absoluta. A sensação de complementaridade é fantástica.
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