Pai acusa David Motta: Desvio de 127 mil euros
David Motta responde por burla e falsificação. Progenitor, que acusa jovem, pensa que este usou dinheiro desvidado para pagar a morte do padrasto.
David Motta voltou ontem a não comparecer no julgamento, a decorrer no Tribunal de Portimão, onde é acusado pelo pai, José Ambrósio, de desviar 127 mil euros. A advogada, Ana Valentim, esclareceu que o jovem 'teve de se ausentar do País'.
José Ambrósio, ex-marido de Maria das Dores, acredita que o dinheiro pode ter sido usado no pagamento do homicídio do empresário Paulo Cruz, a mando de Maria das Dores, a 20 de Janeiro de 2007. O pai de David Motta limitou-se, nas alegações finais, a pedir 'justiça' através do seu advogado, Pedro Sousa.
O jovem incorre numa pena até 11 anos de prisão. É acusado de burla e de dois crimes de falsificação de documentos, que o Ministério Público (MP) deu como provados. O MP pede a condenação do jovem, sublinhando a sua 'ausência de arrependimento'.
Pedro Sousa referiu em Tribunal que, para José Ambrósio, também Maria das Dores, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e um funcionário do banco deveriam ter respondido como arguidos no processo. Isto porque o jovem, com apenas 20 anos na altura, não deverá ter agido sozinho. Maria das Dores tê-lo-á acompanhado no processo de transferência do dinheiro.
A defesa de Motta aludiu também à sua juventude e sublinhou que o pai assinou um documento em que autorizava o filho a movimentar a conta em causa. Como tal, considera não ter sido feita prova de falsificação.
Em Junho de 2006, Motta tinha sido expulso de casa da mãe pelo padrasto e abordou o pai para que fosse seu fiador num empréstimo. Quando regressou de férias, no Canadá, percebeu que o filho lhe tinha retirado 127 mil euros de uma conta a prazo, na CGD.
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