Prostituição, sexo gay, bordéis e dinheiro sujo. Porque está Pedro Sánchez debaixo de fogo?
Líder do governo espanhol enfrenta graves acusações que podem levar à queda do executivo.
É um verdadeiro terramoto político que se está a abater sobre Pedro Sánchez, ainda por cima com contornos éticos e morais que podem levar à queda do governo espanhol. Depois do escândalo com os alegados casos de corrupção no executivo e de uma investigação sobre o financiamento ilegal do partido PSOE, o primeiro-ministro de Espanha está novamente no olho do furacão, desta feita com o seu nome ligado, indiretamente, ao negócio de prostituição.
As acusações vieram recentemente do líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, que, na quarta-feira, 9 de julho, em pleno Congresso dos Deputados e no uso da palavra, se dirigiu a Pedro Sánchez com uma pergunta que marcou o debate: "Mas com quem vive, em que bordéis tem vivido?". E acusou ainda Sánchez de ser "um participante lucrativo no abominável negócio da prostituição".
As acusações trazem para a atualidade um lado 'negro' do passado de Sánchez e que tem a ver com aos negócios do seu sogro, Sabiniano Gómez, pai de Begoña Gómez.
Sabiniano esteve ligado ao negócio das saunas sexuais entre 1989 e 2006 com vários espaços espalhados pela cidade de Madrid, espaços esses de prostituição masculina, onde terão participado ativamente figuras conhecidas, mas também jovens imigrantes. Entre esses espaços contava-se, por exemplo, a famosa sauna Adán, que foi muito popular na vida noturna de Madrid. Foi à custa deste submundo do sexo que o empresário da noite terá construído um verdadeiro império e, a reboque, toda a sua fortuna.
Sabiniano (morreu em 2024) abandonou os negócios em 2006, quando casou a sua filha com Pedro Sánchez, para que este não fosse prejudicado na sua carreira política. É verdade que os negócios nunca foram considerados ilícitos pela justiça espanhola, mas facto é que o assunto nunca foi esquecido e volta agora à tona como arma de arremesso político para descredibilizar moralmente o líder do governo.
A oposição tem neste momento um argumento de peso. De acordo com o 'OK Diario', muito do dinheiro dos negócios de Sabiniano foi utilizado para comprar a casa em Pozuelo de Alarcón onde Pedro Sánchez e Begoña Gómez viveram muitos anos, antes de se mudarem para La Moncloa. Trata-se de uma propriedade avaliada em cerca de 700 mil euros, situada numa urbanização privada de luxo, com 165 metros quadrados, três quartos, duas casas de banho e grandes áreas comuns. O 'El Mundo' noticia que o casal continua ainda a receber cerca de 2 mil euros do aluguer dessa casa.
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