Vítor Espadinha: "Queriam que fizesse de morto"

Vítor Espadinha foi convidado por Nuno Santos para regressar aos ecrãs, mas mostra-se desiludido com o papel que lhe reservaram em ‘Laços de Sangue’, no qual queriam que fizesse... de morto.

– Porque recusou participar na nova telenovela ‘Laços de Sangue’?

– Há uns meses fui convidado pelo Nuno Santos [director de programas da SIC] para almoçar. Ele quis saber como estava a minha disponibilidade profissional e disse-me que ia falar com o Virgílio Castelo, pois queria que eu entrasse em ‘Laços de Sangue’. Mais tarde, pedi a alguém da produtora para lhe dizer que eu não aceitava. Tenho uma grande estima pelo Nuno e pela SIC, onde mais gosto de trabalhar, mas tenho sido muito injustiçado.

– O que é que aconteceu?

– O que se passou é que vim a saber mais tarde que o papel que tinham reservado para mim era o de um personagem que morria de ataque cardíaco e que abandonava a história. E também não me agradou muito quando soube que a novela tinha um forte elenco brasileiro.

– Porquê?

– Porque está mais do que provado que os portugueses já não vêem novelas brasileiras. Neste momento, os campeões de audiência são os portugueses.

– Sentiu-se desprestigiado com o papel que tinham reservado para si?

– Sim. Depois de cinco anos a fazer os ‘Malucos do Riso’ e do sucesso que fiz com o ‘Máquina’ em ‘Podia Acabar o Mundo’, não esperava que me dessem um papel de morto. Não esperava ser protagonista, até porque já não sou nenhum galã, mas esperava algo melhor.

– Sem novela, o que é que está a fazer agora?

– Estou a adaptar uma peça sobre as relações entre marido e mulher e cujo texto devo acabar ainda este mês. É uma comédia para dois actores. Deve estrear lá para Novembro.