A edição de hoje
Revelação foi feita em direto na RTP. "Temos que acabar como as árvores, de pé", diz o ator de 76 anos.
Aos 76 anos, Manuel Cavaco decidiu dizer adeus à arte que amou durante toda a sua vida: a representação. "Fiz 157 personagens em 62 anos de profissão. Acabou…", começou por dizer o ator numa declaração em direto no programa 'A Nossa Tarde', de Tânia Ribas de Oliveira, na RTP 1."Temos que acabar como as árvores, de pé. E depois, não há papéis para velhos. Não querem saber dos velhos", acrescentou. Depois, Manuel Cavaco explicou melhor a sua decisão de se retirar: "Porque eles não querem, eles pensam que só vende a juventude e a beleza e meninas bonitas e rapazes de peito ao léu. Devem existir, tudo deve existir, mas tenham pensamentos para aqueles que também têm história, e os velhos têm história. Eles não querem histórias de velhos, é a verdade nua e crua".O último papel de Manuel Cavaco foi no primeiro filme realizado por César Mourão, 'Podia Ter Esperado por Agosto', com estreia marcada para o verão. Só aceitou o convite por ter o humorista em grande conta.Proveniente de uma família de amadores teatrais, Manuel Cavaco frequentou o Conservatório Nacional de Teatro, cujo curso de Formação de Actores não completou para iniciar o seu percurso profissional. Estreou-se no teatro em 1963, sob a direcção de Carlos Avilez, na peça 'A Castro', de António Ferreira. A primeira aparição em televisão foi em 1966, na peça 'Poeira nos Olhos'. O último projeto foi 'Pôr do Sol', em 2022.
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