Desde sempre que passa a imagem de uma vida difícil e sofrida. Mas a verdade não é bem essa. O avô materno conta que nunca faltou nada à actriz e está
Apregoa aos quatro ventos que passou dificuldades na vida e foi muito pobre, mas a verdade é que Luciana Abreu, de 24 anos, tem sangue azul e provém de uma das mais importantes famílias nobres portuguesas, descendendo do 1º duque de Bragança, filho do rei D. João I.
O estudo genealógico da sua família está documentado no livro recém-lançado ‘Sarmentos e Bejas’, da autoria de Jorge Albuquerque da Quinta e Lourenço Correia de Matos, o qual revela todo o passado de reconhecimento social, de luxo e mordomias da família materna da actriz. Porém, ao contrário do seu avô Luís Sarmento, que deu o seu contributo para o livro, Luciana Abreu e a sua mãe, Ludovina, proibiram aos seus autores que publicassem qualquer tipo de dados sobre si.
'Eu até fiquei chateado com a minha filha e a minha neta por terem proibido que se divulgassem dados sobre a família. Não percebo, mas agora é a nova vida delas. Neste momento, elas têm muito dinheiro, é tudo diferente...', lamenta Luís Sarmento, 83 anos, avô materno de ‘Floribella’. 'Eu até gostava que toda a gente soubesse de onde vem a Luciana. Nós somos os maiores fidalgos do Norte do País. As revistas escrevem que ela foi pobre, mas isso é uma aldrabice. E se ela também o diz, não o devia fazer. Ela é de uma família muito importante, que sempre teve muitas posses.' Prova disso foi o anel que Luís Sarmento ofereceu à neta, em Maio deste ano, no dia do seu 24º aniversário. 'É de diamantes verdadeiros. Vale umas centenas de contos. Já é muito antigo', revelou Luís, um bancário reformado.
Segundo o estudo genealógico do livro, Alípio do Amaral Sarmento, bisavô de Lucy, casou-se com Maria da Paz de Faro Lucena Noronha e Meneses, que descende de uma das mais importantes famílias da nobreza portuguesa – a família Faro. Esta família descende da Casa Real Portuguesa através do 1º duque de Bragança, D. Afonso, que era filho do rei D. João I. Acrescente-se ainda que o 1º duque de Bragança era casado com a única filha de D. Nuno Álvares Pereira, que foi canonizado pelo Papa Bento XVI no passado dia 26 de Abril.
Além desta descendência azul, a investigação revela ainda que Luciana Abreu é prima da prestigiada actriz Carmen Dolores, agraciada em 2005 com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante Dom Henrique, atribuído pelo então Presidente da República Jorge Sampaio.
A família da actriz é oriunda de Ponte da Barca, onde deixaram um importante legado no ramo da farmácia. 'O meu pai e o meu avô eram todos farmacêuticos. Em Ponte da Barca toda a gente conhece a família', revelou Luís Sarmento. No livro podem ler-se excertos da imprensa da altura a falar da farmácia da família. Mais tarde, o avô de Luciana e os seus tios mudaram-se para a Maia e aí também abriram uma farmácia. O terceiro avô de Luciana, Alfredo Amaral Sarmento, e o quarto avô, Pedro Amaral Sarmento, foram ambos presidentes da Câmara de Ponte da Barca.
Tudo isto possibilitou um vasto património a Luís Sarmento, que já fez o seu testamento. 'Vou dividir tudo pelos meus seis filhos', revelou, sendo que uma das filhas é Ludovina, mãe de Luciana Abreu. 'Graças a Deus estão todos bem na vida. À Ludovina também não lhe falta nada.'
Vinda de uma família com a reputação que figura no livro, Luís Sarmento explica que realmente houve um período em que Ludovina Abreu passou por uma fase menos boa, ao se ter casado, na opinião do avô, com um 'patife', ou seja, Luís Carlos Sodré Costa Real, o pai de Lucy. 'Ele esteve muitas vezes preso e batia nelas. Foi isso que as levou abaixo'. Para se tentar alhear dos problemas que viveu em casa, Luciana começou a trabalhar muito nova.
Na biografia do seu clube de fãs pode ler-se que a cantora 'trabalhou algum tempo como empregada de balcão numa loja de roupa e foi também empregada de mesa', antes de participar no programa ‘Ídolos’. Depois disso, 'trabalhou temporariamente como manicura no cabeleireiro da sua tia'. Há três semanas, Luciana Abreu voltou a falar da vida difícil que teve. 'Se tiver que voltar a ser pobre, a lavar o chão ou casas de banho – como já fiz –, para ter a minha mãe o resto da vida, fá-lo-ei com todo o orgulho', disse.
Quanto ao pai, Luís Costa Real, e à sua família, Luciana Abreu quer a máxima distância. 'Ele era alcoólico, drogava-se e batia-nos todos os dias. Dava-nos muito mau viver', contou a cantora que, inclusivamente, chegou a ir à Assembleia da República relatar o seu caso no âmbito de uma tertúlia sobre maus tratos a jovens.
A sua irmã mais velha, Liliana, sempre viveu com a família do pai actualmente mora em França. 'Nós não temos muito contacto com ela. Ela ficou com a família do pai, que é muito diferente de nós. Mas eu gosto muito dela. É muito boa rapariga', contou o avô. Luciana nunca foi próxima da irmã e não quer ser associada a nada que esteja relacionado com o pai. O seu nome de baptismo é Luciana Abreu Costa Real, sendo que a actriz da nova novela da SIC, ‘Eterno Amor’, prefere ser reconhecida apenas pela família da mãe.
É de referir que o estudo não foi encomendado pela família de Luciana Abreu. A iniciativa partiu dos autores do livro. Toda a família Sarmento ficou fascinada com a ideia de ser retratada no livro, à excepção de Luciana Abreu. Quando o estudo chega a Ludovina, sua mãe, pode ler-se 'Não incluímos os seus dados nem da sua descendência por determinação expressa da própria'.
A Vidas encontrou uma prima da cantora, Maria Manuela Sarmento, que comprovou que a satisfação foi generalizada. 'Fiquei encantada. Encontrámos nomes que não conhecíamos. É um orgulho para todos nós termos sangue azul', confidenciou.
A nossa revista tentou entrar em contacto com Luciana Abreu e com a sua mãe, mas ambas se mostraram indisponíveis para comentar a sua descendência nobre. Os autores da obra remeteram explicações ao seu livro.
O LIVRO SOBRE A FAMÍLIA
Jorge Albuquerque da Quinta e Lourenço Correia de Matos publicaram o livro ‘Sarmentos e Bejas’, com o objectivo de estudar estas duas famílias. Pela mãe, Luciana Abreu pertence à família Sarmento. Porém, a cantora não quis que o seu nome constasse no livro, apesar da indignação e insistência da restante família. O estudo acabou por revelar uma realidade bem diferente daquela que Lucy sempre fez questão de cultivar. A sua família é influente e com descendência nobre.
'É BOM TER SANGUE AZUL'
José Faro Sarmento, tio-avô de Luciana Abreu, e Maria Manuela Sarmento, sua prima, fizeram questão de dar o seu contributo ao livro. 'Foi um grande orgulho para nós ver a nossa família a ser estudada. Temos um passado muito importante e é bom que seja divulgado', revelou Maria Manuela à Vidas. Sobre a sua prima Luciana Abreu é que tem pouco a dizer: 'Ela quase nunca cá [à Maia] vem. Eu não a conheço. Mas sei que ela não quis que o seu nome estivesse no livro'.
'ELES VÃO CASAR'
O avô de Lucy só soube do namoro da neta com Djaló através das revistas, mas não ficou aborrecido. Pelo contrário, a alegria de saber que Luciana ia casar com um africano superou tudo. 'Fiquei muito contente quando soube do namoro deles, apesar dela ainda não me ter contado nada. Acredito que eles se vão casar e vão ficar juntos para toda a vida. Os africanos quando se casam é para sempre', acredita o avô. 'Eu só quero é que as minhas netas estejas bem, e a Luciana está muito bem na vida e ajuda muito a minha filha Ludovina'. Luís Sarmento vai agora passar uma temporada na casa da neta, em Lisboa.
PRESTÍGIO
A Farmácia Central, na Maia, pertenceu à família de Luciana Abreu durante várias gerações, o que lhes possibilitou granjear uma enorme reputação nesse ramo. 'Na cidade todos nos conhecem pela farmácia. O meu bisavô já era farmacêutico', revelou Luís Sarmento, avô da actriz.
Além desta cidade, os Sarmento também foram proprietários de uma rede de farmácias em Ponte da Barca, de onde a família é oriunda. Nesta cidade, o terceiro e o quarto avôs de Luciana Abreu foram ambos presidentes da Câmara. O avô de Luciana Abreu não seguiu a profissão da família e foi bancário durante 25 anos.
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