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Rainha Sofia é uma mulher cada vez mais triste

Livro ‘A Última rainha’ debruça-se sobre alguém que nasceu para governar, mas que teve que saber lidar com desilusões, polémicas e traições

08 de julho de 2021 às 18:36

Na Europa, Sofia da Grécia é a última rainha consorte (conjugue do monarca) de sangue real. Bisneta, neta, filha, esposa e mãe de reis, está ligada a todas as casas reais do velho continente. Foi criada para governar, aprendeu que o bom senso deve superar os sentimentos e foi rainha de Espanha durante 54 anos até o marido Juan Carlos abdicar do trono em 2014 a favor do seu filho, Felipe VI. De lá para cá, Sofia tem sido o rosto de uma mulher infeliz e triste, pelas sucessivas polémicas, traições e desencontros que têm marcado a família real espanhola.

Ora é precisamente esta figura "excecional" mas também humana, da história real, que vem agora descrita no livro ‘A Última Rainha’, da jornalista e escritora Carmen Gallardo. "Este livro é uma abordagem da mulher, da rainha, da esposa, da mãe, e uma exploração da sua alma nessas facetas", explica a autora. A história de ‘A Última Rainha’ passa-se em "alguns momentos importantes da nossa história, contextualizados em um ambiente histórico e político com o qual a personagem real interage ", afirma.

A obra relata o amor de Sofia pelos pais (os Reis Pablo e Frederica de Grécia), a união com os irmãos Constantino e Irene, a ilusão de casamento com o rei Juan Carlos, a dedicação aos filhos e netos, mas também a tristeza das desavenças e o desapontamento dos projetos interrompidos. "Dona Sofia dedicou sua vida à Coroa, à sua família e ao país a que chegou em 1963. Ano após ano, a rainha que foi rotulada de "estrangeira" tornou-se o valor mais sólido da monarquia espanhola", remata.

Casamento "tóxico" com o rei Juan Carlos

Sofia casou em 1962 com Juan Carlos, mas alguns especialistas em assuntos reais garantem que o matrimónio falhou pouco depois. Álvaro de Orleans, um parente do rei, revelava em julho do ano passado que a relação dos dois se havia "transformado em algo tóxico". Tudo ter-se-á agravado ainda mais com os rumores de traição e com o caso extraconjugal com Corinna Larsen. No recente livro ‘Eu, o Rei’, de Pilar Eyre, Juan Carlos arrasa mesmo a mulher. "Ela nunca dirigiu a palavra a ninguém de categoria inferior. Fala espanhol muito mal porque nos despreza mas, como sabe comportar-se, as pessoas têm dela a imagem do anjo da família e de mim a do demónio".

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