A edição de hoje
Cantor de 'Amar pelos Dois' temeu não sobreviver a cirurgia. Apesar de ter recuperado viver atormentado com a doença crónica com que tem de lidar para o resto da vida.
Em 2017 a vida de Salvador Sobral mudou por completo. Antes de vencer o Festival da Eurovisão, foi alvo de um transplante cardíaco.
O período que antecedeu a cirurgia foi o mais negro da vida do cantor que perdeu a esperança de viver. "Estava mesmo muito mal. Só tinha vontade de descansar. Tudo era um cansaço", disse em conversa com Daniel Oliveira no ‘Alta Definição’ (SIC).
Sem expectativas com um desfecho feliz, Salvador Sobral fez o seu testamento "nas notas do telemóvel" antes da cirurgia, que deu a ler aos familiares. "Mostrei à Jenna (Thiam), a minha namorada - com quem se casou em 2018- aos meus pais também", disse, acrescentando que deu a indicação para ser cremado e as suas cinzas serem deitadas ao mar, em Maiorca.
Apesar do sucesso da cirurgia, Salvador vive com medo da doença cardíaca com que vai ter de lidar o resto da vida, receando também não poder estar presente para a filha.
"Há muitas complicações associadas, especialmente a longo prazo (…) É uma preocupação constante na minha vida eu poder ter mais complicações de saúde e não poder estar presente para ela [a filha]. Penso nisso muito, mesmo", revelou.
"Eu vivo com isso para o bem e para o mal porque tem um ‘carpediemismo’ associado interessante, ter que viver intensamente todos os momentos com ela porque não sei o que é que pode acontecer", acrescentou.
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