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Tudo o que se sabe sobre a nova 'primeira-dama' do País

Carla prepara-se para apoiar incondicionalmente o marido, Luís Montenegro, numa legislatura que se avizinha difícil e incerta.

04 de abril de 2024 às 20:00

Com a tomada de posse do novo primeiro-ministro, Luís Montenegro, uma nova figura feminina surgiu no ‘plateau’ da vida política. Não tendo o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, uma companheira assumida, ela é agora uma espécie de 'primeira-dama' do País. Carla Montenegro, a paixão da adolescência que está há 32 anos ao lado do novo líder do País, esteve na sua tomada de pose e promete vir a acompanhá-lo em diversas situações oficiais no futuro.

Carla e Luís Montenegro são casados há três décadas. Um amor de adolescência – como fazem questão de referir os amigos do novo primeiro-ministro - pois nunca lhe conheceram outra namorada que não esta, por quem se apaixonou ainda na Escola Secundária Manuel Laranjeira, em Espinho.

Apesar da tenra idade, tinham já muitas coisas em comum: os empregos de férias no bar ‘Última Instância’, as férias no Algarve com amigos e a paixão pelo voleibol. Carla, muito competitiva, chegou a ser campeã nacional de voleibol pelo Sporting de Espinho, no escalão de juvenis femininos. Ele fazia questão de assistir nas bancadas. Depois, foi tirar Educação de Infância na Universidade de Aveiro e ele ingressou em Direito na Católica, mas o namoro singrou e consumou-se o casamento.

Carla resolveu depois tirar outro curso, Ciências da Educação na Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto e, entretanto, foi mãe. Em início de vida, o casal não nadava em recursos, conforme demonstrou a revista ‘Sábado’, que consultou os rendimentos declarados por Luís Montenegro ao Tribunal Constitucional. A primeira declaração, de 1998, enquanto vereador na câmara de Espinho, está em branco no que diz respeito a rendimentos. Em 2002, já deputado, declarou que no ano anterior auferira 13 mil euros de trabalho dependente. Ou seja, pouco mais de mil euros mensais.

Da união resultaram dois filhos rapazes (atualmente com 18 e 22 anos), mas enquanto Carla ficou sempre em Espinho e fez toda a sua carreira numa IPSS, a ADCE – Associação de Desenvolvimento do Concelho de Espinho (que desenvolve respostas para apoiar os habitantes dos bairros mais desfavorecidos), ele veio para Lisboa para assumir durante 17 anos o cargo de deputado da Assembleia da República.

Aí sim, as coisas melhoraram substancialmente em termos financeiros. Os rendimentos anuais passaram a rondar os €75 mil anuais (além do salário, tinha ajudas de custo e subsídio de deslocação por ter morada em Espinho). A partir de 2010 começou também a declarar rendimentos de trabalho independente, oriundos do seu escritório de advogados, a SP&M, da qual que detém 50%: foram 90 500 euros em 2010, 91 mil em 2011, 76 227 euros em 2014 e 131 564 em 2017. Aos lucros, somou-se o salário de deputado.

Mas Carla teve de aguentar as ‘pontas’ sozinha em Espinho. Montenegro diz que optaram pela distância para não separar os avós dos netos nem abdicar da retaguarda familiar. Ela cuidou dos seus e dos outros – na IPSS lidava particularmente com crianças e jovens de contextos mais carenciados. Ele andou sempre entre cá e lá: de terça a quinta-feira dormia em Lisboa, em casas alugadas; de sexta a segunda-feira ficava em Espinho. O casamento nunca tremeu, nem mesmo quando uma revista cor-de-rosa lhe atribui alegados casos com Judite Sousa e Isabel Figueira, notícias que, viria a comprovar-se, foram baseadas numa troca de identidades e informações falsas.

Agora, Carla, com 50 anos, e uma única participação na vida política no currículo (que se resumiu às Autárquicas de 2017, quando integrou as listas do PSD para a Assembleia de Freguesia de Silvade), deixou aquele que parecia ser o emprego ‘de uma vida toda’, fez as malas e veio finalmente para Lisboa, para acompanhar o marido no desafio de comandar os destinos do País.

Na tomada de posse, a 2 de abril, no Palácio da Ajuda, Carla surgiu sorridente - vestida de azul-bebé a condizer com a gravata do marido - mostrando vontade de apoiar incondicionalmente o novo primeiro-ministro e agarrar o novo papel de 'primeira-dama', já, recorde-se, Marcelo Rebelo de Sousa não tem qualquer figura feminina a seu lado.

Um mediatismo do qual sempre fugiu mas que ao fim de tantos anos acabou por lhe trocar as voltas.

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