Sente-se irritado? Fique mais tempo na cama
Não é por acaso que as mães em privação de sono muitas vezes têm ideias de agressividade em relação aos seus bebés. Descanse: há uma explicação científica para isso.
Problemas de sono, maior predisposição para a violência
Sim, é verdade. Mas esta associação está mais estudada nos homens do que nas mulheres. Contudo, "sabe-se que no pós-parto, quando as mães estão em privação de sono, muitas vezes têm umas ideias de agressividade em relação ao bebé", diz Teresa Paiva. Há uma explicação científica: quando há privação de sono, a zona das decisões morais, no córtex pré-frontal, fica particularmente afetada e, portanto, a probabilidade de a pessoa ficar mais irritável é maior. "As pessoas nestas circunstâncias têm mais comportamentos de risco e comportamentos violentos", explica a neurologista.
Não tem mais tolerância, mas tem maior consciência de que está privada de sono e incapaz para determinadas funções do que o homem. A mulher tem mais consciência dos riscos que corre, diz a especialista. Não quer dizer, contudo, que aguente mais tempo sem dormir. Na verdade, a mulher sofre mais de insónias do que o homem, mas também precisa de dormir um pouco mais.
Os saltos altos podem dar insónias?
A moda também é uma forma de violência sobre as mulheres, acredita Teresa Paiva. Porque se é verdade que os saltos altos tornam a mulher mais bonita, também se sabe que "andar com o pé quase na vertical estraga as costas e os pés, e dá dores", explica. E uma das causas da insónia é a dor crónica e, mais particularmente, as dores na coluna.
A privação de sono e os comportamentos de risco
Um estudo realizado com adolescentes portugueses chegou à conclusão de que 37,5% tinham problemas de sono e que 18% estão privados de sono. O estudo, que foi publicado em 2015 no International Journal of Psychology, avaliou os hábitos dos adolescentes portugueses, com uma média de 14 anos, de quatro em quatro anos – os dados de 2018 vão ser agora analisados. "Todas as crianças que tinham privação de sono apresentavam maior probabilidade de ter comportamentos de risco, como hábitos sexuais mais precoces, consumos de álcool e drogas e atitudes violentas na escola", descreve Teresa Paiva, uma das autoras do estudo. Assim como maior propensão para terem uma depressão, dores de cabeça ou nas costas e mais problemas de saúde em geral, explica a profissional.
O impacto da exposição à violência
É sabido que, quando as vítimas de um crime sofrem de stress agudo ou pós-traumático, uma das consequências é a insónia e pesadelos. Mas as vítimas passivas, por exemplo crianças que assistem a um filme violento ou os habitantes de uma zona onde houve um crime, também podem ter problemas de sono, diz a profissional. "Outra faceta importante é que durante o sono pode haver comportamentos violentos", explica. Em doenças como o sonambulismo, distúrbios comportamentais do sono REM – "em que a pessoa sonha, por exemplo, que está a ser atacada por um leão e começa a bater em quem está ao lado", descreve – ou em epilepsias nocturnas, há muitas vezes comportamentos violentos não intencionais. "Sigo bastantes casos destes. Por exemplo, nas crises de epilepsia, o que pode acontecer é que a pessoa levanta-se e parte um armário, ou parte um vidro e corta-se. São coisas muito violentas", descreve. "Felizmente, têm tratamento."
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