Barra Cofina
Powered by

A perda auditiva afeta toda a família

A dificuldade em ouvir é muitas vezes detetada pelas pessoas mais próximas ainda antes de a própria pessoa se aperceber. É importante ajudar a encontrar uma solução o quanto antes
16 de Julho de 2021 às 12:47
Ciência desmonta mitos sobre a alimentação

O impacto das dificuldades auditivas na vida da pessoa afetada é tremendo e vai muito além de não conseguir ouvir. As consequências podem ser visíveis no seu bem-estar, mas também nas relações interpessoais, que são diretamente prejudicadas.

 

"Não consigo perceber o que estás a dizer, a falares-me aí de cima..."

Quem convive diariamente com um familiar que não ouve bem deve escutar constantemente este tipo de resposta. Dizer que não percebeu, não ouvir, pedir para repetir ou até responder alguma coisa "ao lado" é muito comum nestas circunstâncias.

A maioria das pessoas com insuficiência auditiva tem dificuldade para entender a fala e acompanhar conversas em condições "normais". Não ouvir bem ou ouvir e não entender torna-se uma constante e existem muitos sinais que indiciam estas dificuldades.

 

Se se revê nesta situação, é muito provável que já se tenha deparado com a frustração de ter de repetir amiudamente, com a sensação de ser ignorado e, pior, impotente perante estas situações. Fique calmo, mesmo quando a paciência se estiver a esgotar. Aqui, ninguém tem culpa! A comunicação é o que nos torna humanos e, com isso, às vezes vêm os contratempos inerentes às dificuldades de comunicação.

A falta de comunicação eficaz pode criar constrangimentos nos relacionamentos familiares, afastando as pessoas e até criando discórdia entre os membros de um agregado.

 

Não há dúvida – quando um membro da família tem perda auditiva, esta condição afeta toda a família. Cônjuges, filhos, netos, amigos, vizinhos, todos podem sofrer os efeitos das dificuldades de comunicação.

E não é apenas a questão de ouvir ou não ouvir bem, há muito mais para além disso. A incapacidade de ouvir sons de alerta pode pôr a vida em risco da pessoa que não ouve bem, como um carro a aproximar-se. Esta é uma grande preocupação para todos. Mesmo emocionalmente, não é só a pessoa que não ouve bem que sofre as consequências. Perceber que um ente querido está a isolar-se socialmente e a afastar-se das atividades de que mais gosta vai com certeza deixá-lo a si triste e até frustrado com a situação.

Como seres humanos, tendemos a ser preguiçosos na comunicação. Isso é especialmente verdadeiro com os nossos familiares, em que a comunicação é mais casual do que no trabalho ou em ambientes sociais. Por isso, não desista de manter um bom relacionamento e bons hábitos de comunicação com as pessoas mais próximas.

Se conhece alguém com dificuldades auditivas, ajude essa pessoa a procurar uma solução. Se necessitar de um aparelho auditivo, aconselhe-se com profissionais de referência no mercado.

Não permita que a incapacidade auditiva afete a sua família e limite a comunicação.

Escolha ter um ambiente familiar tranquilo e feliz.