Tratamento pode resolver problemas de incontinência
Dispositivo é colocado sob a pele, na região acima das nádegas, e tem como objetivo principal controlar a bexiga e os intestinos.








O tratamento consiste na implantação de um dispositivo, "parecido com um pacemaker", sob a pele, acima da zona das nádegas, que funciona "como uma bateria e estimula os nervos por meio de impulsos elétricos suaves transmitidos através do fio implantado".
"É inserido um pequeno elétrodo através da zona do sacro para estimular as raízes sagradas, onde se formam os nervos que controlam a bexiga, o reto, o ânus e os músculos do pavimento pélvico. O fio é depois ligado a uma bateria externa que envia ligeiros impulsos elétricos aos nervos", explicou o cirurgião.
O período de avaliação dura cerca de três semanas. O procedimento cirúrgico demora menos de uma hora e é realizado com anestesia local. Na maioria dos casos não implica internamento. Feita a primeira fase, o doente deverá continuar a registar as idas à casa de banho. Se a avaliação da experiência for positiva, então a bateria permanente é colocada cirurgicamente. O kit neuromodulador tem um custo de cerca de 15 mil euros, embora o valor seja "quase sempre comparticipado". Em qualquer momento, o doente pode desativar ou retirar o implante.
Problema afeta 600 mil
A incontinência urinária e fecal afeta cerca de 600 mil pessoas em Portugal. A maioria da população afetada são mulheres entre os 45 e os 65 anos.
Lesões traumáticas
A incontinência fecal pode ser provocada por lesões traumáticas, como o parto, cirurgias ou acidentes, malformações congénitas, ou até mesmo por doenças ou medicações.
Fisioterapia ajuda
A incontinência urinária é provada, principalmente, pelo enfraquecimento dos músculos pélvicos. Também o parto é uma das causas nas mulheres. A fisioterapia ajuda a prevenir.
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Sintomas
- Na incontinência de stress: perda de urina associada a aumento da pressão abdominal nomeadamente com o riso, a tosse, ao subir escadas, ao assoar o nariz ou durante algum desporto com impacto; normalmente perde-se pouca urina.
- Na incontinência de urgência: sensação súbita e inesperada de vontade de urinar seguida de saída involuntária de urina; nesta situação a perda de urina é maior.
- Na incontinência mista: sintomas da incontinência de stress com a incontinência de urgência.
- Na incontinência de refluxo: como há incapacidade de esvaziar totalmente a bexiga a cada micção (por dificuldade no esvaziamento ou obstrução na passagem de urina), vai-se acumulando urina na bexiga; o excesso de urina acumulada acaba por sair involuntariamente.
- Na incontinência funcional: perda involuntária de urina por motivos não neuro-urológicos; por exemplo, por problemas psiquiátricos, por infeção urinária ativa, por incapacidade física ou mental de chegar à casa de banho, entre outros.
Prevenção
- Suspender os hábitos tabágicos.
- Consumir moderadamente bebidas alcoólicas.
- Se tiver diabetes, controlar os níveis de açúcar.
- Reduzir o peso corporal se tiver obesidade.
- Tratar atempadamente as infeções urinárias.
- Estar atento a uma relação entre o surgimento dos sintomas e o início de uma nova medicação.
Como se trata
O tratamento varia de acordo com o tipo de incontinência e a causa. De uma forma geral, poderá basear-se em fisioterapia, uso de alguns dispositivos médicos, medicação ou, em alguns casos, cirurgia. Poderão ser necessárias alterações do estilo de vida (dieta, perda de peso, rever a quantidade de líquidos ingeridos). O uso de material absorvente (como os «pensos», por exemplo) não é solução - poderá ser útil apenas de forma temporária, enquanto se investiga a causa ou se aguarda o início do tratamento.
Tratamento complementar
Em alguns casos, recomenda-se uma calendarização voluntária das idas à casa de banho (de duas em duas horas, por exemplo), não deixando que a bexiga atinja a sua capacidade máxima e, desse modo, evitando perdas urinárias constrangedoras.
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