Standard and Poors alerta que envelhecimento da população terá efeito na dívida.
A dívida pública portuguesa vai subir até aos 161% do Produto Interno Bruto até 2050 só por efeito do envelhecimento da população se não forem tomadas medidas adicionais, alertou esta quinta-feira a agência de notação financeira S&P Global Ratings.
"A população portuguesa deverá cair 15% até 2050, mas a população mais idosa deverá crescer para 35% do total; sem medidas políticas adicionais, isto iria aumentar a despesa pública relacionada com pensões, saúde e cuidados continuados para 24% do PIB e a dívida pública subiria para 161% do PIB", lê-se num comentário enviado hoje aos clientes da Standard & Poor's, e a que a Lusa teve acesso.
O documento, com o título 'Envelhecimento Global 2016: Envelhecimento da População de Portugal é mais um Desafio Orçamental', admite que "houve algum progresso na reforma das pensões", mas acrescenta que "a perspetiva de curto prazo orçamental para Portugal é ensombrada por vários impedimentos ao crescimento económico".
A análise feita a Portugal faz parte de um estudo global conduzido para analisar o custo do envelhecimento em meados deste ano, apresentando vários cenários, incluindo um em que não são tomadas medidas adicionais, e as implicações dos vários cenários nas próximas décadas.
"Os esforços nas reformas passadas da Segurança Social conseguiram em parte aliviar os riscos para a sustentabilidade das finanças públicas a longo prazo por causa do envelhecimento da população", comentou o analista da S&P Global Ratings marko Mrsnik.
"No entanto, esperamos que a perspetiva de evolução ['outlook'] orçamental vá continuar sob pressão devido ao fraco 'outlook' económico e à ausência de uma redução determinada no défice orçamental e na dívida pública, que são também refletidos nos custos adicionais de recapitalização dos bancos", acrescentou o analista.
"A nossa análise sugere que, sem mais reformas políticas e sobre o Orçamento, a dívida pública líquida pode chegar aos 161,5% do PIB em 2050 em Portugal, mais alto que a média da amostra, que está nos 134% do PIB", acrescentou o analista, alertando ainda que "sem passos importantes para conter as despesas crescentes relacionadas com a idade, os custos orçamentais do envelhecimento da população não vão ser contidos sem medidas adicionais".
A dívida pública de Portugal está atualmente nos 131,9% do PIB, de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal.
O relatório da S&P também foi enviado no mesmo dia em que o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, defendeu que o défice ficará abaixo dos 2,5%, que a economia portuguesa está em recuperação e que esse será um dos vetores da preparação do Orçamento do Estado para 2017.
Questionado sobre eventuais aumentos nas pensões, durante uma conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros de hoje, o ministro não quis "adiantar aspetos particulares para 2017" mas enunciou que no Orçamento para o próximo ano o Governo "continuará a concretizar aquelas que foram as opções fundamentais desde o início" e que passam pela "recuperação de rendimentos dos portugueses".
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