Militares detidos já se encontram no Estabelecimento Prisional Militar de Tomar.
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Cinco oficiais e dois sargentos presos pelas mortes nos comandos
Um tenente-coronel, um capitão, três tenentes e dois sargentos, que eram, respetivamente, o diretor da prova, o médico de serviço e os cinco instrutores do curso de Comandos responsáveis pelos exercícios que levaram à morte dos militares Hugo Abreu e Dylan Silva, a 4 de setembro, estão a ser esta manhã presos pela Polícia Judiciária Militar, apurou o CM, na investigação liderada pela procuradora Cândida Vilar, do DIAP de Lisboa.
Os cinco oficiais e dois sargentos respondem por vários crimes de abuso de autoridade por ofensas à integridade física - tendo em conta as mais de 20 vítimas, a maioria feridas - e, pelo Código de Justiça Militar, arriscam penas até aos 16 anos de prisão.
Os sete foram detidos na Amadora e levados para o presídio militar de Tomar. Só amanhã deverão ser presentes ao juiz, em Lisboa.
Militares chegam ao Estabelecimento Prisional Militar de Tomar
Os militares do curso de Comandos detidos no âmbito da investigação à morte de dois recrutas foram transferidos para o Estabelecimento Prisional Militar de Tomar, onde "já se encontram", disse à Lusa o porta-voz do Exército, Vicente Pereira.
Segundo o mesmo responsável, trata-se do único Presídio Militar existente no país.Os detidos aguardam primeiro interrogatório judicial no decurso do inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação penal (DIAP) de Lisboa.
Segundo a PGR, os militares detidos são suspeitos da prática de crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física (art.º 93.º do Código de Justiça Militar), devendo serem apresentados ao juiz de Instrução Criminal para aplicação de medidas de coação.
A PGR indicou que, além dos sete detidos, o processo tem mais dois outros arguidos, também estes militares."As investigações prosseguem, estando causa os factos suscetíveis de integrarem os já referidos crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física (art.º 93.º do Código de Justiça de Militar) bem como de crimes de omissão de auxílio (art.º 200.º do Código Penal)", é referido.
Na investigação, que corre no DIAP de Lisboa, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária Militar. Dois militares morreram na sequência do treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que decorreu no dia 04 de setembro, e vários outros receberam assistência hospitalar. Entretanto, o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, manifestou hoje o empenho político em que a investigação criminal à morte de dois instruendos do 127.º curso de Comandos "aclare os factos", afirmando-se convicto de que "será exemplar".
Exército confirma 'Operação Dante'
O Exército enviou, no entretanto, um comunicado à comunicação social onde confirma a operação, denominada 'Dante, garantindo que "a Polícia Judiciária Militar apresentou ao Comando do Exércitio mandados de detenção relativamente a sete militares", no "âmbito do processo de inquérito instaurado pelo Ministério Público" e de acordo com o "previsto na lei quanto à detenção de militares no ativo e na efetividade de serviço".
O ministro da Defesa Nacional "continua a acompanhar o assunto", em "estreita ligação" com o Chefe do Estado-Maior do Exército, é dito.
Recorde-se que dois militares dos comandos morreram em setembro na sequência do treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete.
No dia do treino, 4 de setembro, um militar morreu e vários outros receberam assistência hospitalar. Uns dias depois morreu Dylan Araújo da Silva, que estava internado em estado muito grave, com complicações hepáticas, no Hospital Curry Cabral, em Lisboa. O caso desencadeou investigações na Justiça -- instauradas quer pelo chefe do Estado-Maior do Exército, quer pela Procuradoria-Geral da República - e levou à suspensão dos cursos de Comandos do Exército.
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