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Ílhavo, terra das gentes do mar

Conheça os palheiros coloridos que foram armazéns de salga do peixe.

01 de junho de 2017 às 09:30

Voltado para o mar e com fortes ligações à Ria de Aveiro, o concelho de Ílhavo tem cerca de nove séculos e meio de vida documentada. Escrevem vários autores que o povo ilhavense descende de navegadores, mas a civilização não é unânime. Há quem diga que são fenícios, outros gregos ou até romanos que entraram pela foz do Vouga e fixaram-se nas margens. Mas uma coisa é certa: Ílhavo está fortemente agarrada à vida marítima e à pesca.

Por isso, o museu principal da cidade é inteiramente dedicado ao mar. Nascido a 8 de agosto de 1937, foi renovado e ampliado em 2001 – e passou a contar com o navio-museu Santo André, antigo arrastão bacalhoeiro. Em 2013 modernizou-se e, desde então, tem o que hoje é a principal atração: o aquário dos bacalhaus. O objetivo do museu é preservar a memória do trabalho do mar das gentes de Ílhavo. Pretende ainda promover a cultura e a identidade marítima de todos os portugueses.

Ílhavo é também uma cidade conhecida pelos seus coloridos palheiros – residências balneares pintadas com riscas de todas as cores e contrastantes que, inicialmente, mais não eram do que armazéns para guardar as alfaias da atividade piscatória ou armazéns de salga de todo o peixe. Estes edifícios, localizados na zona da Costa Nova, são um verdadeiro cartão de visita que cativam pelo seu charme e que remontam à segunda metade do século XIX.

E continuamos a nossa visita ao concelho lado a lado com o mar. A praia da Barra é das mais requisitadas no verão. Com bandeira azul desde 1989, esta praia é conhecida pelo seu imponente farol, o mais alto em Portugal e um dos maiores do Mundo - com 62 metros de altura e 66 metros acima do nível do mar. Mas também o areal dourado de perder a vista, a água e as constantes animações cativam os visitantes na época estival.

Para os mais aventureiros e que gostam de arte, o ideal é fazer o roteiro da Arte Nova pelo centro histórico de Ílhavo. Dois dos mais belos e complexos exemplares encontram-se na rua Cimo de Vila – a Vila Maia e a Vila Paredela. Ambos incluem grande diversidade decorativa com azulejo, ferro forjado, muros, vidraças e até madeira.

Por todo o concelho, mas principalmente junto à praia da Barra e por toda a Costa Nova é possível encontrar casas que vendem tripas. Semelhantes a um crepe, estas tripas são, afinal, bolachas americanas menos cozidas, com diversos sabores.

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