Presidente do Benfica constituído arguido no âmbito da investigação a Rui Rangel.
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Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, foi constituído arguido e é formalmente suspeito de tráfico de influências, apurou o CM. Em causa, a relação suspeita com o juiz desembargador Rui Rangel e que hoje levou a Polícia Judiciária a fazer buscas às casas de ambos, que são vizinhos no Dafundo, e na SAD do clube, no estádio da Luz.
No Estádio da Luz, as buscas das autoridades decorreram no gabinete do vice-presidente, Fernando Tavares, amigo pessoal de Rui Rangel.
João Correia, o advogado do Benfica, desmente que Luís Filipe Vieira tenha sido constituido arguido e garante que as buscas realizadas pela PJ na SAD do Benfica visaram documentos contabilísticos.
A operação da Polícia Judiciária inclui também buscas à casa e gabinete do juiz desembargador Rui Rangel, à casa da sua ex-mulher, Fátima Galante, e às residências do advogado José Sousa Martins e do seu filho.
Segundo a mesma fonte, a operação incluiu cerca de 30 buscas e já resultou em alguns detidos.
As buscas em casa de Rui Rangel, magistrado do Tribunal da Relação de Lisboa, estão a ser acompanhadas por um juiz do Supremo Tribunal de Justiça.
Segundo a mesma fonte, o crime central que está a ser investigado é tráfico de influências, a que se juntam outros crimes económicos conexos.
PGR confirma cinco detidos e seis arguidos
Ao final desta terça-feira, a Procuradoria-Geral da República confirmou os detalhes da Operação Lex, garantindo que foram efetuadas cinco detenções. Entre os detidos estão dois advogados e um oficial de justiça.
Para além dos detidos, as diligências levaram ainda à constituição de "mais seis arguidos", diz a PGR, em comunicado.
"Entre estes estão dois juízes desembargadores e um dirigente desportivo", é dito, num documento em que também se confirmam as buscas realizadas "na zona da Grande Lisboa e no Algarve, incluindo no Tribunal da Relação de Lisboa, em empresas, em escritórios de advogados e também em domicílios".
Estão em causa suspeitas de crimes de tráfico de influência, de corrupção/recebimento indevido de vantagem, de branqueamento e de fraude fiscal", reitera a Procuradoria-Geral da República, num documento disponibilizado online.
A Procuradoria-geral da República já tinha, de resto, confirmado hoje de manhã a existência de buscas em vários locais de Lisboa, no âmbito de uma certidão extraída da Operação Rota do Atlântico, que alargou em 2016 a investigação ao juiz Rui Rangel.
Em resposta à agência Lusa, a propósito das buscas noticiadas hoje de manhã por diversos órgãos de comunicação social, a PGR disse que o caso está a decorrer "no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça, com a coadjuvação de magistrados do DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal]".
Este processo teve origem numa certidão extraída da designada Operação Rota do Atlântico, acrescenta a PGR, adiantando que em causa estão suspeitas de crimes de "recebimento indevido de vantagem, ou, eventualmente, de corrupção, de branqueamento de capitais, tráfico de influência e de fraude fiscal".
Nesta investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária.
O inquérito ao juiz desembargador Rui Rangel foi aberto em 2016.
Na altura, o Correio da Manhã noticiou que o juiz Rui Rangel era suspeito de receber indevidamente verbas do empresário do futebol José Veiga, arguido no processo Rota do Atlântico, relacionado com crimes de corrupção no comércio internacional, fraude fiscal e branqueamento de capitais e tráfico de influências.
No âmbito da Operação Rota do Atlântico, desencadeada a 03 de fevereiro de 2016, foram constituídos vários arguidos, entre eles José Veiga, Paulo Santana Lopes, Manuel Damásio e a advogada Maria de Jesus Barbosa.
De acordo com a investigação do Ministério Público e da Polícia Judiciária, José Veiga e Paulo Santana Lopes terão, alegadamente, atribuído vantagens indevidas a titulares de cargos políticos do Congo Brazzaville para, em troca, obterem contratos de obras públicas e de construção civil para a 'holding' americana da multinacional brasileira Asperbras.
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