Mais de uma década depois do início da investigação que ficou conhecida por ‘Operação Marquês’, José Sócrates e mais 20 arguidos vão a julgamento dia 3 de julho, para responder por um total de 117 crimes.
O leque dos visados inclui Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca Rodrigues, ex-administrador da construtora do Grupo LENA, e Ricardo Salgado, antigo presidente do BES (Banco Espírito Santo).
O juiz Ivo Rosa decidiu em abril de 2021 arquivar 177 dos 188 crimes, levando apenas cinco dos 28 arguidos a julgamento: José Sócrates, Carlos Santos Silva, Armando Vara, antigo ministro socialista, Ricardo Salgado e João Perna, antigo motorista do ex-primeiro-ministro.
No entanto, em janeiro do ano passado, três desembargadoras do Tribunal de Relação de Lisboa reverteram esta decisão e retomaram o julgamento a 22 dos 28 arguidos iniciais. O antigo primeiro-ministro será agora julgado por 22 crimes, três de corrupção, seis de fraude fiscal e 13 de branqueamento de capitais.
A juíza decretou ainda a extinção do processo contra a sociedade RMF Consulting, ligada a Rui Mão de Ferro e Carlos Santos Silva. A sociedade estava pronunciada por um crime de branqueamento mas já não vai ser julgada, reduzindo o lote a 21 arguidos.
O julgamento, marcado para dia 3 de julho, poderia ser adiado devido à junção de um mini-processo ao processo original. Os visados são José Sócrates e Carlos Santos Silva e estão em causa três crimes de branqueamento de capitais.
A magistrada titular do processo 'Operação Marquês' reconheceu o diagnóstico de Alzheimer atribuído a Ricardo Salgado, mas rejeitou os pedidos de suspensão ou extinção do procedimento criminal.
No caso da sociedade RMF Consulting, ligada a Rui Mão de Ferro e Carlos Santos Silva, que estava pronunciada por um crime de branqueamento, a juíza decretou a extinção do processo.