Ministro da Cultura do Brasil reagiu a críticas do escritor ao governo Temer e irritou-se com jornalistas.
Era suposto ser uma cerimónia para louvar a obra do escritor brasileiro Raduan Nassar, mas o que aconteceu no Museu Lasar Segall, em São Paulo, esta sexta-feira teve muito pouco de literatura e menos ainda de cordialidadeLogo a começar pelo facto de Helena Severo, a presidente da Biblioteca Nacional do Brasil, ter usado o apelido Nasser para nomear Nassar, erro corrigido pelo próprio autor.Raduan recebia o Prémio Camões - o maior galardão da língua portuguesa, entregue pelos governos de Portugal e do Brasil - e rompeu o seu habitual silêncio para criticar o governo de Temer, posto no Planalto após a destituição de Dilma Rousseff. "Infelizmente nada é tão azul no nosso Brasil. Vivemos tempos sombrios", disse Raduan, que classificou o impeachment de Dilma como "um golpe", disse o escritor que raramente aparece em público e dá muito poucas entrevistas. O escritor abordou as dúbias relações entre a Justiça e a Política no Brasil e criticou o Supremo Tribunal Federal Celso de Mello por ter permitido que Moreira Franco tomasse posse como ministro da Presidência de Temer, o cargo que o mesmo tribunal impediu Lula de exercer. É que, tal como Lula, Moreira é um dos investigados da Operação Lava Jato, o escândalo que abala toda a política brasileira.A sucessão de críticas foi muito mal encaixada por Roberto Freire, o ministro da Cultura a quem Raduan chamou de "ministro do governo em exercício".Depois do discurso de Raduan, Freire tomou a palavra e mostrou o seu desagrado pelo tom de Raduan e pelos gritos do público presente, que chegou a gritar frases como "Fora Temer".E criticou diretamente o autor homenageado: "Se ele viesse para dizer que não aceitava o prémio, poderia ser até justo todo esse teatro que ele fez. Mas recebendo tudo, com a presença de todos que quisessem se manifestar, numa demonstração de evento democrático, e dizer o que ele disse, tem que receber a resposta que ele recebeu".O Prémio Camões tem o valor de 100 mil euros, divididos pelos governos de Portugal e do Brasil.Após a cena no museu paulista, as reações continuaram nas redes sociais. Apoiantes do Governo criaram uma petição online para pedir a Nassar que devolva o dinheiro do prémio, os críticos de Temer arrasaram a postura do ministro da Cultura.
Raduan recebia o Prémio Camões - o maior galardão da língua portuguesa, entregue pelos governos de Portugal e do Brasil - e rompeu o seu habitual silêncio para criticar o governo de Temer, posto no Planalto após a destituição de Dilma Rousseff. "Infelizmente nada é tão azul no nosso Brasil. Vivemos tempos sombrios", disse Raduan, que classificou o impeachment de Dilma como "um golpe", disse o escritor que raramente aparece em público e dá muito poucas entrevistas.
O escritor abordou as dúbias relações entre a Justiça e a Política no Brasil e criticou o Supremo Tribunal Federal Celso de Mello por ter permitido que Moreira Franco tomasse posse como ministro da Presidência de Temer, o cargo que o mesmo tribunal impediu Lula de exercer. É que, tal como Lula, Moreira é um dos investigados da Operação Lava Jato, o escândalo que abala toda a política brasileira.
A sucessão de críticas foi muito mal encaixada por Roberto Freire, o ministro da Cultura a quem Raduan chamou de "ministro do governo em exercício".
Depois do discurso de Raduan, Freire tomou a palavra e mostrou o seu desagrado pelo tom de Raduan e pelos gritos do público presente, que chegou a gritar frases como "Fora Temer".
E criticou diretamente o autor homenageado: "Se ele viesse para dizer que não aceitava o prémio, poderia ser até justo todo esse teatro que ele fez. Mas recebendo tudo, com a presença de todos que quisessem se manifestar, numa demonstração de evento democrático, e dizer o que ele disse, tem que receber a resposta que ele recebeu".O Prémio Camões tem o valor de 100 mil euros, divididos pelos governos de Portugal e do Brasil.
O Prémio Camões tem o valor de 100 mil euros, divididos pelos governos de Portugal e do Brasil.
Após a cena no museu paulista, as reações continuaram nas redes sociais. Apoiantes do Governo criaram uma petição online para pedir a Nassar que devolva o dinheiro do prémio, os críticos de Temer arrasaram a postura do ministro da Cultura.
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