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Finanças varrem a Feira do Livro

Fisco esteve no evento e detetou várias irregularidades.

07 de junho de 2016 às 08:07

A Autoridade Tributária realizou, na quinta e sexta-feira da semana passada, uma ação de fiscalização na Feira do Livro de Lisboa. A intervenção, que percorreu diversas instalações do evento, apanhou de surpresa os editores que, ouvidos pelo CM, disseram não se recordar "de alguma vez as Finanças terem estado na Feira" e mostraram incómodo com esta ação "a um setor que está muito fragilizado". "Dentro da cultura, o mercado dos livros é, certamente, o que mais tem sofrido com a crise em Portugal e a situação está a ser particularmente dramática para as empresas de menor dimensão", disse um dos editores presentes no evento, que preferiu manter o anonimato.

O CM apurou junto do Ministério das Finanças que foram controlados 30 pontos de venda, para "avaliar o cumprimento das obrigações de faturação" e que em 60% dos casos foram detetadas irregularidades, "tendo sido instaurados os competentes autos de notícia". O Fisco não descarta ainda a possibilidade de efetuar mais ações de fiscalização preventiva na Feira do Livro de Lisboa.

A edição deste ano do evento organizado pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) conta com um número recorde de editores participantes (123, mais 10 do que no ano passado) e pavilhões (277). A expectativa da organização é a de que mais de 500 mil pessoas passem pelo Parque Eduardo VII até 13 de junho, dia em que a Feira do Livro encerra. Em 2015 o evento contou com 468 mil pessoas.

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