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Morreu Sérgio de Azevedo

“Um homem que respirava teatro, que ganhou e perdeu fortunas por causa do palco e que me levou para a Revista porque achou que eu tinha algum jeito”. Eis como Herman José se refere ao empresário Sérgio de Azevedo, falecido ontem, aos 69 anos, vítima de doença prolongada.

06 de março de 2006 às 00:00

Conhecido por ter renovado a linguagem da Revista à Portuguesa (a nível da actuação, da montagem das cenas, do acompanhamento musical...), o empresário fez história com espectáculos como ‘É o Fim da Macacada’, ‘Tudo a Nu’ ou ‘’Uma no Cravo e Outra na Ditadura’, esta onde Herman José se estreou.

“Era uma pessoa que tinha uma ideia global do que devia ser o teatro de Revista”, recorda o empresário Hélder Freire Costa. “E apesar de ser concorrência, foi uma pena quando decidiu abandonar o teatro, porque a concorrência neste meio é sempre salutar e leva-nos a fazer mais e melhor”, conclui.

Depois de uma pausa de 14 anos, Sérgio de Azevedo regressou à produção de teatro em 2005 com o espectáculo ‘Esta Noite Choveu Prata’, protagonizado por Nicolau Breyner. Uma peça a que tinha assistido há 50 anos no Teatro Villaret e que o tinha impressionado, como chegou a afirmar em entrevista.

“Era um eterno sonhador”, lembra Simone de Oliveira, que trabalhou muitas vezes com Sérgio de Azevedo no ABC. “Amanhã [hoje], estarei na Basílica da Estrela a dar-lhe um beijo”.

O corpo do empresário está em câmara ardente na Basílica da Estrela, onde amanhã se realiza, às 14h30, a missa de corpo presente, seguindo-se a cremação no Cemitério do Alto de São João.

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