A edição de hoje
Mais de dez mil portugueses querem novas regras e mais fiscalização junto dos promotores de festas e eventos.
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Mais de dez mil portugueses já assinaram uma petição pela proibição de músicas com conteúdo sexualizado em contextos e eventos direcionados ao público infantil ou onde a presença de crianças seja altamente provável.
Criada em junho deste ano, tendo como primeira signatária a psicóloga e especialista em comportamento infanto-juvenil Beatriz Neves Pereira, a petição tem por intuito levar o tema à Assembleia da República, dirigindo-se igualmente aos Ministério da Educação e da Cultura, Juventude e Desporto.
Alertam os peticionários que é cada vez mais frequente a exposição precoce de crianças a músicas com conteúdos que apelam à sexualidade e ao erotismo “em contextos e eventos destinados às mesmas, como festas escolares, festivais infantis e celebrações públicas”, como é o caso de concertos promovidos por autarquias e coletividades.
“Embora não intencional, esta prática pode ter consequências negativas no desenvolvimento emocional, psicológico e social das crianças”, defendem. A investigação sugere que “a exposição precoce a conteúdos hipersexualizados pode antecipar etapas de desenvolvimento infantil, e impactar negativamente a autoestima, a confiança e as relações interpessoais futuras” dos mais novos, mesmo “que ainda não compreendam completamente o conteúdo a que estão a ser expostas”, relatam.
O objetivo da reivindicação é a proibição de tais práticas, com a “definição de critérios claros sobre o que constitui conteúdo inadequado para crianças”, além da fiscalização e sensibilização junto de instituições, organizadores de eventos e educadores, além da promoção de alternativas culturais e artísticas que respeitem os direitos das crianças e configurem conteúdo educativo.
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