Ministério Público não pediu prisão preventiva. Paulo Silva confessou ter pago a jogadores e árbitros.
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André Geraldes, diretor do Sporting para o futebol, saiu na noite desta quinta-feira em liberdade, depois de ter sido sujeito a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
André Geraldes deixa tribunal do Porto
Tal como tinha sido pedido pelo Ministério Público, Geraldes fica sujeito a uma caução de 60 mil euros e interdito de exercer funções desportivas ou de contactar os outros detidos no processo 'cashball'. O dirigente é suspeito de ser o estratega de um plano de corrupção de árbitros e jogadores de andebol e futebol para beneficiar o Sporting nas duas modalidades.
Quanto aos outros três detidos no caso - o funcionário do Sporting Gonçalo Rodrigues e os empresário João Gonçalves e Paulo Silva - o Ministério Público pediu medidas de coação semelhantes às aplicadas a Geraldes, tirando a caução, a que não foram obrigados. O MP pediu para Paulo Silva a medida cautelar adicional de proibição de falar com a comunicação social.
O MP não pede a medida de coação de prisão preventiva para nenhum dos quatro arguidos, mas a lei permite que a juíza Isabel Ramos, a quem coube conduzir o interrogatório no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, determine esta medida para algum dos quatro detidos.
Paulo Silva confessa corrupção
O empresário Paulo Silva, o intermediário que denunciou às autoridades o esquema de corrupção no andebol do Sporting, confessou esta quinta-feira perante a juíza do Tribunal de Instrução do Porto que corrompeu ou tentou corromper jogadores adversários em oito jogos de futebol do Sporting, disputados na temporada que se encerrou no último domingo.
O CM apurou que o empresário admitiu ainda ter pago a árbitros para beneficiar a equipa de andebol do Sporting em 10 partidas do campeonato nacional conquistado pelo clube em 2016/17.
O homem que está no epicentro da crise de corrupção que abala o Sporting confirma assim as revelações que fez ao CM no início desta semana.
Interrogatório após noite na prisão
Os quatro detidos pela Polícia Judiciária no âmbito da operação 'Cashball' de viciação de resultados de jogos da I Liga de futebol, suspeitos de atos de corrupção, chegaram pelas 14h15 desta quinta-feira ao Tribunal de Instrução Criminal, do Porto. O CM apurou que os dois funcionários do clube, André Geraldes e Gonçalo Rodrigues, optaram por se manter em silêncio e não vão prestar declarações. A mesma decisão tomou o empresário João Gonçalves, que optou por ficar calado.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve quatro pessoas na quarta-feira, incluindo o diretor para o futebol do Sporting, André Geraldes, e efetuou buscas na SAD do Sporting, em Lisboa, por "suspeitas de corrupção ativa", no âmbito de uma operação denominada 'Cashball'. O empresário João Gonçalves, suspeito de ser outro dos intermediários no esquema de corrupção, é o quarto detido.
Os detidos chegaram em quatro viaturas distintas cerca das 14h15 à porta do TIC do Porto, conforme a agência Lusa presenciou no local, tendo entrado nas instalações onde devem ser ouvidos esta quinta-feira à tarde.
Entre os detidos, estão o diretor para o futebol do Sporting, André Geraldes, e os empresários Paulo Silva e João Gonçalves, além de Gonçalo Rodrigues, igualmente funcionário do clube leonino.
O futebolista do Vitória de Guimarães João Aurélio, que viu o seu nome envolvido, já negou qualquer participação num esquema de viciação de resultados em benefício do Sporting.
Também o Desportivo das Aves, cujo capitão foi citado em alegadas conversas no sentido de favorecer o Sporting, manifestou "surpresa quanto às notícias que envolvem Nélson Lenho", afirmando a total confiança no futebolista.
Por seu turno, o Clube Desportivo de Tondela, um dos clubes alegadamente visados na investigação, colocou-se esta quinta-feira à disposição das autoridades competentes para a "colaboração total e inequívoca" nas investigações em curso de alegada viciação de resultados de jogos da I Liga de futebol.
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