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Procurador livra Pinto da Costa

Condenação para Carolina Salgado, absolvição para Pinto da Costa. O procurador Paulo Óscar defendeu ontem, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, que Carolina deve ser punida em quatro dos cinco processos em que é arguida. Já Pinto da Costa, segundo o Ministério Público, tem de ser absolvido das imputadas agressões à antiga companheira.

01 de maio de 2010 às 00:30

'Apesar das marcas de Carolina Salgado, não foi feita prova que tenha sido Pinto da Costa', sublinhou Paulo Óscar, nas alegações finais que ontem se iniciaram. Além do presidente do FC Porto, também Afonso Ribeiro – motorista do dirigente – e Nuno Santos estão acusados de bater em Carolina Salgado. No que se refere aos arguidos Ribeiro e Santos, o procurador revelou algumas dúvidas e deixou total apreciação ao colectivo de juízes.

Carolina não teve a mesma sorte. Paulo Óscar entende ter ficado provado que a ex-companheira de Pinto da Costa é culpada na difamação a Lourenço Pinto. 'Queria denegrir a imagem de um advogado reputado', disse o magistrado, apontando até que, quando a arguida relacionou Lourenço Pinto com as agressões a Ricardo Bexiga, tratou-se não de difamação, mas sim de 'denúncia caluniosa'. O MP vê razões para castigar Carolina pelos incêndios nos escritórios do dirigente e de Lourenço Pinto e ainda pela tentativa de agressão ao médico Fernando Póvoas. Também no processo de falsas declarações – no ‘caso da fruta’ – o MP entende haver crime. Paulo Óscar apenas não pediu a condenação de Carolina na alegada difamação a Pinto da Costa, quando acusou o dirigente de agressões.

'TRATOU-A COMO MULHER'

'Carolina Salgado atingiu a dignidade de Pinto da Costa, que a tratou como mulher, tomou conta dos seus filhos e até lhe deu uma casa.' Foi desta forma que Gil Moreira dos Santos discordou do procurador Paulo Óscar, por este não ter pedido a condenação de Carolina na difamação a Pinto da Costa.

O dirigente foi acusado pela ex--companheira de agressões e, apesar de Paulo Óscar ilibar Pinto da Costa da mesma situação, o procurador do MP não encontra razões para o crime de difamação.

'Imputou factos que sabia que não eram verdadeiros. Em Novembro de 2006, disse que Pinto da Costa não lhe tinha tocado', continuou Moreira dos Santos, reclamando a punição de Carolina em todos os processos e a absolvição do presidente portista. O julgamento – que dura há quase um ano – continua a 28 de Maio, com alegações do advogado de Carolina.

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