Dez anos depois de Fehér, continua a ser muito difícil detetar a tempo a patologia que provoca a morte súbita: a arritmia cardíaca.
Se fosse vivo, Miklós Fehér teria 34 anos. No entanto, faz hoje 10 anos que Portugal parou ao assistir em direto à morte do avançado húngaro do Benfica, quando jogava contra o Vitória de Guimarães.
Foi no primeiro minuto de compensação que Fehér caiu inanimado no relvado. Foi também a partir daí que uma nova expressão entrou nas conversas dos portugueses: morte súbita.
"A morte súbita é aquela que ocorre de forma inesperada, imprevisível. Consideramos que a morte é súbita quando não há sintomas ou estes são de curta duração." A explicação é de Carlos Morais, cardiologista e coordenador do Grupo de Cardiologia da clínica CUF Alvalade.
Uma fatalidade que não acontece apenas aos atletas profissionais e que tem feito várias vítimas em Portugal, estando a grande responsável identificada: "A arritmia cardíaca é a principal causa da morte súbita", garante Carlos Morais.
"Há vários tipos de arritmia, a maioria são benignas, mas as graves podem levar à morte em minutos", continua o mesmo especialista, que alerta: "A partir dos 35 anos, as principais causas da morte súbita são relacionadas com a doença coronária aterosclerótica."
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No entanto, nos jovens com menos de 35 anos existem outras causas, "mais raras e relacionadas com doenças primárias do músculo cardíaco ou do sistema elétrico, que podem ser fatais quando não diagnosticadas a tempo".
Paulo Beckert, médico desportivo, responsável da Unidade de Medicina Desportiva da mesma clínica, salienta a necessidade imperativa "de os recintos desportivos estarem munidos com o material e a equipa necessários para iniciar o processo de reanimação rapidamente".
Ainda assim, a chegada da morte súbita "nem sempre pode ser evitada", conclui Beckert. Os números provam-
-no: por ano, ocorrem cerca de 15 mil mortes por arritmia cardíaca em Portugal, já que esta patologia é silenciosa.
Como detetar um mal sem sintomas
Ocardiologista Carlos Morais aconselha a fazer um eletrocardiograma antes de se decidir a prática de uma modalidade. Assim podem sinalizar-se pessoas de risco e colocar-se-lhes um desfibrilhador interno que, ao detetar arritmia, dá "pequenos choques elétricos". Resultado: repõe o bater normal do coração.
Ainda faltam meios de ajuda rápida
Desde 2004, os meios de socorro melhoraram, mas não chega: só em 55 por cento dos jogos existe um desfibrilhador, e nos centros de treino este número desce para 28 por cento.
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