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Diretora da Academia do Benfica na Ucrânia suspeita na morte de criança de 10 anos

Maria Krivopishina na lista das mais procuradas após provas forenses no caso de Ivan Goncharuk, que morreu afogado num acampamento

03 de setembro de 2025 às 17:47

A diretora da Academia do Benfica na Ucrânia, Maria Krivopishina, está sob suspeita da morte de uma criança de 10 anos durante um acampamento dos jovens futebolistas. Segundo o despacho da Procuradoria Geral, citado pelo 'football24.ua', a dirigente é suspeita ao abrigo do Artigo 271, ponto 2, do Código Criminal da Ucrânia, o qual pune a violação dos requisitos de segurança no trabalho que resulte na morte de uma pessoa.

A investigação apurou que a responsável pela Academia do Benfica cometeu violações grosseiras das medidas de segurança, algo que terá sido confirmado por exames forenses. Segundo o gabinete da Procuradoria Geral, Maria Krivopishina está atualmente no estrangeiro pelo que as autoridades ucranianas pretendem colocar o seu nome da lista internacional de procurados e iniciar os procedimentos para a extradição da suspeita.

A tragédia ocorreu em agosto de 2023 no território do complexo da Vila Olímpica, perto de Kiev, onde a academia está localizada. Durante o acampamento, o treinador levou as crianças para nadar num lago com 9 metros de profundidade e deixou-as sem supervisão de um adulto. Ivan Goncharuk, de 10 anos, não sabia nadar e afogou-se. Os pais do menino ligaram repetidamente para a administração do acampamento logo no dia do infeliz acontecimento, mas as suas ligações foram ignoradas e acabaram por saber da morte do filho pela polícia.

Até há pouco tempo apenas o processo contra o treinador tinha chegado a tribunal, enquanto o caso contra os funcionários estava preso na fase de instrução. Só após a mudança do grupo de procuradores no final de agosto é que o processo começou a avançar mais ativamente. O Procurador-Geral, Ruslan Kravchenko, garantiu que o caso está sob o seu controlo pessoal.

De acrescentar que Maria Krivopishina é filha do ex-chefe da South-Western Railway, Oleksiy Krivopishin, que foi acusado em 2019 de desvio de mais de 50 milhões de hryvnias (cerca de 1 milhão de euros).

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