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Dívidas das autarquias custam 617 euros por habitante

Municípios somaram dívidas de 4,7 mil milhões de euros, em 2017.

03 de outubro de 2018 às 08:59

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Se cada português pagasse 617 euros, a dívida das autarquias ficaria saldada. Ao todo, as câmaras municipais do País somaram, no ano passado, passivos de 4,7 mil milhões de euros. Ainda que seja um montante elevado, os pagamentos em falta desceram 426,7 milhões de euros (-8,3%) em comparação com 2016.

As dívidas das autarquias têm vindo a diminuir desde 2011, aponta o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, publicado esta terça-feira pela Ordem dos Contabilistas Certificados. A evolução deve- -se, segundo o estudo, à "redução das dívidas a fornecedores". Ainda assim, caso as dívidas municipais fossem divididas por todos os portugueses, cada um seria chamado a pagar 617 euros.

Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, lidera as dívidas per capita: cada habitante teria de pagar 5535 euros para liquidar a dívida desse município. No lado oposto está a Mealhada, no distrito de Aveiro, onde cada munícipe pagaria 43,4 euros.

Lisboa, Vila Nova de Gaia e Portimão são as câmaras com mais dívidas a fornecedores e instituições de crédito, somando, respetivamente, 497 milhões, 142 milhões e 136 milhões (ver gráfico). A capital destaca--se ainda por ter reduzido o maior montante de dívida, entre 2016 e 2017, em todo o País.

Entre as autarquias com maior passivo estão ainda Cascais (59 milhões de euros), Setúbal (53 milhões) e Coimbra (51 milhões). Pela positiva, destacam-se Penedono, no distrito de Viseu, e Lajes das Flores, ilha das Flores, com dívidas, respetivamente, de 242 mil euros e 295 mil euros.

No que toca ao equilíbrio orçamental – comparação entre receita e despesa corrente a que se somam amortizações de empréstimos – Oeiras, Grândola e Pombal são os municípios com as contas mais estáveis. Sintra e Lisboa também aparecem entre os dez primeiros. Já os concelhos de Nazaré, Fronteira e Belmonte lideram no desequilíbrio das contas.

O mesmo documento revela que 30 municípios excederam o limite de endividamento estabelecido pela Lei das Finanças Locais.

Cascais e Lisboa são os que cobram mais impostos

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