"Nunca me passou pela cabeça que a carta que enviei a Valentim Loureiro desse origem ao processo ‘Apito Dourado’”, disse ontem ao CM o ex-árbitro Rui Mendes, que deu origem ao processo ‘Apito Dourado’ ao denunciar uma alegada tentativa de aliciamento para favorecer uma equipa de futebol.
A carta, que o CM publica hoje, conta uma conversa entre Rui Mendes e um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga (Nemésio de Castro), que ocorreu numa estação de serviço na A6, perto de Campo Maior, no dia 1 de Outubro de 2000, domingo, às 11h00. Nesse dia, Rui Mendes e os seus auxiliares José Borges e Vítor Oliveira, mais o quarto árbitro Luís Miranda, tinham sido designados para dirigirem o jogo Campomaiorense-União de Leiria, a contar para a 6.ª jornada da I Liga.
Segundo Rui Mendes, Nemésio de Castro disse-lhe que a arbitragem precisava de árbitros jovens como ele e alertou-o para o facto de o treinador Carlos Manuel poder ser despedido caso o Campomaiorense perdesse. O encontro terminou empatado (1-1) e a actuação de Rui Mendes foi mesmo elogiada por Manuel José, técnico dos leirienses. O observador do jogo, no entanto, teve opinião diferente e deu uma nota fraca ao árbitro. Rui Mendes não gostou e decidiu falar com Valentim Loureiro.
Só o conseguiu no dia 2 de Abril de 2001, quando recebeu um telefonema de José Luís Oliveira, vice-presidente da Câmara de Gondomar, convocando-o para uma reunião na autarquia com o major.
Rui Mendes contou então ao major a abordagem de Nemésio de Castro. Durante a conversa, assegura o árbitro, Valentim telefonou a um funcionário da Liga a solicitar que fossem feitas averiguações sobre o Campomaioremse-U. Leiria: “Disse também que a minha situação na classificação era preocupante, mas recuperável, e que mais tarde me informaria do resultado das diligências que ia fazer.”
Nesse encontro, Rui Mendes garante que José Luís Oliveira lhe perguntou se “estava preparado” para dirigir o Gondomar-Trofense, da II Divisão B. O árbitro aceitou e, por isso, também acabou arguido no processo ‘Apito Dourado’, indiciado por um crime de corrupção passiva, punível com pena até dois anos de prisão.
Em Maio de 2001, Rui Mendes afirma que relatou ao amigo Pimenta Machado, na altura presidente do V. Guimarães, tudo o que se tinha passado com Nemésio de Castro e o encontro com Valentim em Gondomar: “Pimenta aconselhou-me a falar à Comunicação Social e a escrever uma carta ao major. Foi o que fiz. As declarações aos media tiveram como consequência final o abandono da arbitragem.”
A carta de Rui Mendes foi enviada por Valentim Loureiro para a Comissão Disciplinar, passou pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto e acabou nas mãos do procurador do Tribunal de Gondomar, Carlos Teixeira. O magistrado mandou ouvir Rui Mendes, soube do encontro com o major, do pedido que José Luís Oliveira lhe fez para dirigir o Gondomar-Trofense e deu início ao processo ‘Apito Dourado’.
Quando mandou a carta para a Comissão Disciplinar da Liga, Valentim previu que nada lhe aconteceria: “Uma coisa é certa, de certeza que não serei beliscado com nada disto.”
Três anos depois (2 de Dezembro de 2004), Valentim Loureiro foi detido e, mais tarde, acusado da prática de 26 crimes dolosos de corrupção activa sob a forma de cumplicidade e dois crimes dolosos de prevaricação. Além do major, foram ainda constituídos mais 170 arguidos, dos quais 27 vão saber amanhã, no Tribunal de Gondomar, se irão ou não ser julgados, a maioria por crimes de corrupção.
“Não me importo de apanhar dois anos de prisão. Se isso suceder, os tubarões têm de apanhar 200 anos”, sublinha Rui Mendes.
Rui Mendes chegou à arbitragem em 1989. Tinha 21 anos. Natural do Marco de Canaveses, casado, sem filhos, bancário, atingiu a 1.ª categoria na época 1999/2000, onde apenas dirigiu dois jogos: Alverca-Estrela da Amadora e Campomaiorense-União de Leiria. Deixou o futebol em 2004. Estava na 3.ª categoria.
O árbitro Rui Mendes deu início ao processo ‘Apito Dourado’ numa carta que escreveu a Valentim Loureiro em que diz que o “sistema” (...) “continua vivo e bem vivo” e em que denuncia uma tentativa de aliciamento.
CARTA
Rui José de Sousa Viera Mendes
Ao Exmo. Sr. Presidente da Liga P.F.P
Major Valentim Loureiro
Marco de Canaveses 09 de Maio de 2001
Exmo. Sr. Presidente,
Estou a escrever estas duas letras, no sentido de o alertar e à opinião pública do chamado “SISTEMA”, que continua vivo e bem vivo, apesar das boas intenções das pessoas responsáveis e acima de tudo de uma certa mágoa das “situações” não tomarem outro rumo.
Conforme conversa pessoal, e na presença do Sr. José Oliveira, na Câmara Municipal de Gondomar, no dia 2 de Abril de 2001, ao fim da tarde, alertei V/Exa. que tive uma abordagem numa área de serviço na auto-estrada a caminho de Campo Maior, por um elemento do CA da Liga aquando do jogo Campomaiorense / União de Leiria. Esse mesmo elemento do Conselho disse-me que era de árbitro jovens, como eu, que a arbitragem precisava, prevendo-se um jogo difícil, e que caso o Campomaiorense não vencesse o treinador poderia ser despedido.
Mais tarde apercebi-me da ousadia na abordagem desse Sr. do CA, não me falando sobre a minha actuação. Mais tarde, tive conhecimento que o Observador era do distrito da equipa da casa...
No dia 10 de Novembro, em Leiria, abordei esse Sr. do CA dizendo-lhe que o relatório do jogo não era coincidente, com a opinião da, comunicação social, treinador da União de Leiria, etc. respondendo-me que não esteve muito atento à minha actuação, mas sim aos dos Árbitros Assistentes.
No dia 2 de Abril, durante a nossa conversa, foi abordada a minha posição classificativa,, e o Sr. Presidente disse-me que era preocupante mas recuperável.
De imediato fez um telefonema para um funcionário da Liga a solicitar averiguações dos factos ocorridos no jogo em causa e que, posteriormente, me comunicaria qualquer coisa.
Como deve calcular ainda estou à espera de uma palavra sua, para que a VERDADE DESPORTIVA ímpere na nossa sociedade e não hajam posições pré-definidas antes dos campeonatos terminarem.
Aguardo serenamente, pois isto que escrevo é só um capítulo...
Grato desde já pela atenção dispensada.
Saudações Desportivas,
Rui José de Sousa Vieira Mendes
REFERÊNCIAS A PINTO DA COSTA
Quando foram detidos as primeiras 16 pessoas do processo ‘Apito Dourado’, no dia 20 de Abril de 2004, o nome de Pinto da Costa já constava nos mandatos de detenção que foram exibidos aos arguidos, o que indicava que as investigações do procurador Carlos Teixeira não iriam ficarr pela 2ª Divisão B.
Mas só no dia 2 de Dezembro de 2004 é que o Mnistèrio Público decidiu deter o presidente do FC Porto, suspeito de crimes de corrupção e tráfico de influências. No entanto, quando a PJ foi a casa de Pinto da Costa para o deter, não o encontrou. O arguido tinha sido avisado das buscas e ausentou-se para Espanha, acompanhado pela sua namorada da altura, Carolina Salgado. Um dia depois, apresentou-se no Tribunal de Gondomar escoltado por adeptos da claque do FC porto, mas a juíza de instrução Ana Cláudia Nogueira não o quis ouvir, marcando a inquirição para 7 de Dezembro.
O QUE ELES DISSERAM NO 1.º INTERROGATÓRIO
PINTO DA COSTA
"Era impensável que Jacinto Paixão solicitasse ‘meninas’, pois corria no mundo do futebol que ele seria homossexual e é um mau árbitro, que no jogo com o Estrela da Amadora, no Dragão, prejudicou o Futebol Clube do Porto com as suas asneiras."
PINTO DE SOUSA
"Os factores de correcção nas classificações finais dos árbitros constituíam prática corrente na Federação para reparar certas injustiças das notas dadas pelos observadores aos árbitros, mas também para o maior número possível de associações de futebol manterem árbitros na primeira categoria nacional."
VALENTIM LOUREIRO
"Antes de eu ser confrontado com quaisquer conversas telefónicas, asseguro a este tribunal que nunca mantive contactos com árbitros, com observadores ou com outros agentes desportivos, no sentido de influenciar o seu trabalho a favor do Gondomar."
58 BUSCAS E 200 INSPECTORES DA PJ
A partir das sete horas da madrugada de 20 de Abril de 2004, entre Bragança e Setúbal, duas centenas de investigadores da PJ desencadearam 58 buscas simultâneas em residências, sedes de clubes, empresas, na Liga e na Federação Portuguesa de Futebol. Apreenderam documentos que confirmaram suspeitas sobre corrupção e tráfico de influências no futebol e detiveram 16 pessoas, entre as quais Valentim Loureiro, presidente da Liga, e Pinto de Sousa, líder do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.
O objecto da investigação – desencadeada por uma denúncia do árbitro Rui Mendes (ver peça principal) –, que ficou conhecida como processo ‘Apito Dourado’, era desde o início a 2.ª Divisão B, mais concretamente o Gondomar Sport Clube, que na época de 2003/2004 ascendeu à Liga de Honra, mas acabou por atingir clubes da I Liga e mais de 170 arguidos.
Valentim Loureiro foi, desde o início, o suspeito mais mediático do caso e ainda hoje jura a pés juntos “ter a consciência” de que nunca cometeu “qualquer crime”, quando questionado sobre o alegado envolvimento na adulteração de resultados dos jogos de futebol do Gondomar e do Boavista.
O major deixou a presidência da Liga, mas as investigações continuaram e incluíram a Câmara Municipal do Porto, nomeadamente o chefe de gabinete de Rui Rio, Manuel Pinto Teixeira, suspeito de dar apoio a pretensões imobiliárias do Boavista e do empreiteiro Joaquim Camilo, nas imediações do Estádio do Bessa.
Os mais altos responsáveis da Polícia Judiciária e da Procuradoria – Adelino Salvado e Souto Moura – foram apanhados de surpresa pela operação desencadeada no dia 20 de Abril de 2004. Esta situação terá levado à demissão do director da PJ do Porto, o juiz Artur Oliveira, e dos seus adjuntos Teófilo Santiago e Massano de Carvalho.
DATAS-CHAVE DO PROCESSO DE CORRUPÇÃO DO FUTEBOL PORTUGUÊS
1/10/2000
Rui Mendes é abordado por Nemésio de Castro, da Comissão de Arbitragem da Liga, horas antes do jogo que ia dirigir: Campomaiorense-U. Leiria. Nemésio diz ao juiz que o treinador Carlos Manuel podia ser despedido se o Campomaiorense perdesse.
2/4/2001
Rui Mendes conta a Valentim Loureiro e José Luís Oliveira, na Câmara de Gondomar, o encontro com Nemésio de Castro. José Luís Oliveira pergunta-lhe se estava preparado para dirigir o Trofense-Gondomar.
9/5/2001
Rui Mendes escreve uma carta a Valentim Loureiro onde relata a abordagem de Nemésio de Castro e menciona o encontro na Câmara de Gondomar.
10/5/2001
Valentim anuncia que a Liga enviou a carta de Rui Mendes para o Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto.
30/8/2001
DIAP do Porto manda a PJ ou- vir Rui Mendes. Árbitro começa a ser ouvido como testemunha e acaba arguido por ter aceite o pedi- do de José Luís Oliveira para dirigir o Gondomar-Trofense.
24/1/2003
DIAP do Porto envia processo de Rui Mendes para o Tribunal de Gondomar.
3/2/2003
Processo chega às mãos do procurador Carlos Teixeira, do Tribunal de Gondomar.
24/3/2003
Juíza de Instrução, Ana Cláudia Nogueira, faz a primeira diligência no processo.
18/4/2003
1.ª escuta do processo ‘Apito Dourado’. José Luís Oliveira é apanhado a dizer a Pinto de Sousa que tinha nomeado árbitros para jogos do Gondomar que não constavam de uma lista que lhe dera três semanas antes.
20/4/2004
Valentim Loureiro, Pinto de Sousa, José Luís Oliveira e mais 13 pessoas, a maioria árbitros, são detidas.
2/12/2004
Buscas em casa de Pinto da Costa. Presidente do FC Porto estava em Espanha por ter sido avisado das buscas.
3/12/2004
Pinto da Costa é detido para interrogatório no Tribunal de Gondomar.
7/12/2004
Pinto da Costa volta ao Tribunal de Gondomar. Depois de ter sido ouvido pela juíza de instrução Ana Cláudia Nogueira, pagou caução de 200 mil euros para ficar em liberdade.
31/1/2006
É deduzida a acusação do processo de Gondomar contra Valentim Loureiro e Pinto de Sousa, mais 25 arguidos, a maioria por crimes de corrupção.
6/3/2007
Os 27 arguidos do processo de Gondomar vão saber se são, ou não, julgados.
ADVOGADO
Valentim Loureiro pensou em não levar o seu advogado à PJ do Porto no dia em que foi detido. O major disse aos que lhe são próximos que estava inocente.
LADRÕES
O árbitro José Manuel Rodrigues, aquando da busca a sua casa, em Barcelos, disse aos vizinhos que os inspectores da PJ eram “ladrões”.
ANIVERSÁRIO
O então subdirector da PJ do Porto, Teófilo Santiago, fazia anos (49) no dia (20/04/2004) em que coordenou a operação do ‘Apito Dourado’.
FALECIMENTO
O árbitro Jorge Saramago, de Aveiro, foi o primeiro arguido a ser interrogado, porque soube entretanto que o seu pai tinha falecido.
CALABOUÇOS
Os arguidos do ‘Apito Dourado’ inauguraram as novas celas da PJ. Os antigos calabouços estavam preparados para os adeptos do Euro 2004.
DINHEIRO
A juíza Ana Cláudia Nogueira esteve vários meses para receber as ajudas de custo das deslocações realizadas por causa do caso ‘Apito Dourado’.
SANITA
A PJ encontrou vária documentação bancários de José Luís Oliveira na sanita da casa do vice-presidente da Câmara de Gondomar.
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