Cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP/PPM cruzou-se com um munícipe que disse ter ficado triste por ver dois irmãos como adversários, mas desdramatizou.
O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP/PPM à Câmara de Aveiro, Luís Souto Miranda, disse esta terça-feira que a Aliança com Aveiro é a candidatura do povo e recordou as suas origens rurais.
"Gostamos das elites, temos até na nossa equipa três professores universitários, mas nós respiramos povo, sentimos povo. Esta é a nossa matriz", disse o candidato, durante uma ação de campanha na Feira de Oliveirinha.
Durante a manhã, Luís Souto percorreu o recinto da feira quinzenal acompanhado de cerca de duas dezenas de candidatos e apoiantes, incluindo o cabeça de lista para a Assembleia Municipal, Miguel Capão Filipe, e a candidata à Junta de Freguesia de Oliveirinha, Carolina Santos.
No percurso, encontrou um munícipe a quem explicou como devia preencher os boletins de voto: "São três boletins de voto. Não vão aparecer os nomes dos candidatos. O que aparece são as coligações. No nosso caso é a Aliança com Aveiro".
O candidato recordou ainda a designação dos três partidos que compõem a coligação, afirmando que são três partidos que "desde a fundação da democracia puseram o popular, o contacto com o povo e sentir as necessidades reais do povo em primeiro lugar".
Mais à frente, comprou a um feirante um saco de serapilheira que lhe fez recordar as suas origens rurais de Seixo de Mira e a sua atitude empreendedora quando era criança.
"Como se lia muitos jornais, eu pegava nos jornais velhos, enchia o saco de serapilheira e ia por ali fora até ao farrapeiro e ele punha na balança e dava-nos 25 tostões pelo saco cheio de papéis e às vezes também púnhamos ferro", recordou.
Quando já ia a virar costas, lembrou-se que ainda não tinha pagado os três euros do saco e aproveitou a distração para lançar uma farpa ao candidato do PS, o seu irmão Alberto Souto de Miranda, que tem sido acusado de ter deixado uma dívida de cerca de 250 milhões de euros na Câmara de Aveiro.
"Nós pagamos tudo, até ao último cêntimo. Não é como o outro lado", atirou.
Luís Souto cruzou-se ainda com um munícipe que disse ter ficado triste por ver dois irmãos como adversários num ato eleitoral, mas desdramatizou a situação.
"Somos uma família muito ligada à política de gerações para trás. Está-nos na massa do sangue. Não é a primeira vez que acontece", respondeu, dando como exemplo os irmãos Paulo e Miguel Portas que concorreram à Câmara de Lisboa, em 2001, respetivamente pelo CDS e BE.
Questionado sobre a polémica envolvendo a presidente da Junta de Aradas, Catarina Barreto, que terá beneficiado indevidamente da ADSE, Luís Souto afirmou que tem total confiança na autarca que se recandidata ao cargo pela "Aliança com Aveiro".
"Pode ter havido uma questão de irregularidade administrativa ou de interpretação da pessoa em causa ter ou não ter direito àqueles descontos da ADSE (...). Entretanto, a presidente da Junta já repôs integralmente [o dinheiro que recebeu]", disse o candidato, afirmando que não há nenhum caso de corrupção, ou condenações criminais.
Além de Luís Souto, são candidatos à Câmara de Aveiro Alberto Souto (PS), Diogo Machado (Chega), João Moniz (BE), Isabel Tavares (CDU - PCP/PEV), Miguel Gomes (IL), Ana Rita Moreira (PAN), Bruno Fonseca (Livre) e Paulo Alves (Nós, Cidadãos!).
Atualmente, o executivo, presidido pelo social-democrata Ribau Esteves, que cumpriu três mandatos e não se pode recandidatar, tem seis eleitos da coligação PSD/CDS-PP/PPM, e três eleitos da coligação PS/PAN, sendo dois do PS e um independente (ex-PS).
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