Secretário-geral do PCP está convicto de que a coligação CDU vai reforçar o número de câmaras.
O secretário-geral do PCP percorreu na campanha eleitoral 43 autarquias para mostrar a "obra realizada" pela CDU e pedir o voto em "gente séria e honesta", manifestando-se convicto de que a coligação vai reforçar o número de câmaras.
Sob o lema "Trabalho, honestidade, competência", Paulo Raimundo percorreu, durante a campanha para as autárquicas, praticamente todas as 19 câmaras municipais atualmente detidas pela CDU (só ficou de fora Barrancos), para mostrar a "obra realizada" e o "caráter distintivo" do projeto da coligação.
Desde escolas renovadas em Viana do Alentejo ao Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos, Paulo Raimundo foi insistindo na ideia de que "quem conhece [o trabalho da CDU], confia" e caracterizou as eleições autárquicas como um embate entre dois projetos: o da coligação, em prol das populações, e os restantes, "da negociata e especulação".
"São dois projetos muito distintos. O projeto ao serviço de uns poucos, da especulação, da negociata. Tem vários protagonistas. E o projeto ao serviço de todos, das populações, desta terra, que é o projeto da CDU", afirmou Paulo Raimundo num comício esta terça-feira em Benavente.
Ao longo da campanha, maioritariamente composta por comícios e arruadas, o principal foco das críticas de Paulo Raimundo foi o PS -- partido que disputa mais câmaras com a CDU --, que o secretário-geral do PCP acusou de se ter "especializando em inaugurar obras" da coligação e de ter deixado "no marasmo e paralisia" as terras onde 'tirou' a CDU da gestão da câmara, como Montemor-o-Novo ou Moura.
Relativamente ao Chega, visto como podendo ser o fiel da balança que decide para quem caem as câmaras, consoante o partido a quem tiram mais votos, Paulo Raimundo foi deixando mensagens veladas nos discursos, sem nunca se referir explicitamente àquela força política.
Em praticamente todos os comícios onde participou, Paulo Raimundo frisou que a CDU é a força da "gente séria, honesta e competente", que quer ser voz "de oposição ou construção" nas autarquias e não de "folclore e gritaria", numa alusão ao Chega.
A única vez em que Paulo Raimundo falou diretamente sobre o Chega e o seu líder foi quando visitou a vila alentejana de Moura, onde André Ventura foi eleito nas últimas autárquicas como deputado municipal, mas faltou a 30 reuniões.
"O que André Ventura conquistou -- se me permite uma expressão um bocadinho à André Ventura --, foi falta de vergonha, porque o que conquistou [na única vez que foi eleito em autárquicas] foi 30 faltas em Moura às reuniões municipais", disse.
Apesar de a CDU nunca ter tido tão poucas câmaras municipais, e de andar a perder votos em praticamente todas as eleições desde 2019, Paulo Raimundo recusou que se possa extrapolar os resultados das legislativas para autárquicas, salientando que há eleitores que votam noutros partidos noutras eleições, mas, nas locais, escolhem a CDU, porque os seus candidatos são "gente da terra", que merecem a confiança da população.
O secretário-geral do PCP desvalorizou também o facto de 11 dos 19 presidentes de câmara da CDU não se poderem recandidatar, por atingirem o limite constitucional de três mandatos consecutivos, salientando que já houve outros anos em que a coligação "mudou de rostos" e manteve ou aumentou o número de câmaras.
Ao contrário de outras campanhas recentes da CDU, como as legislativas ou as europeias, em que pairou sobretudo uma ideia de resistência, desta vez Paulo Raimundo recusou a ideia de que a CDU está a tentar "segurar ou aguentar" autarquias.
Pelo contrário, o secretário-geral do PCP manifestou-se convicto de que a coligação vai conseguir "reforçar e alargar" o seu número de câmaras, incluindo em autarquias tidas como potencialmente ambiciosas, como Almada, apesar de não ter estabelecido qualquer meta eleitoral fixa.
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