Tensões partidárias no Senado têm aumentado, com negociações sobre processos de confirmação a falharem pela segunda vez consecutiva.
O líder da maioria democrata no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, disse estar disposto a arriscar uma paralisação do Governo no final do mês caso os republicanos não aceitem as exigências democratas em matéria de saúde.
Schumer recordou que, em março, tinha votado com os republicanos para evitar uma paralisação, decisão que lhe valeu fortes críticas internas, mas sublinhou que a situação agora é diferente.
Numa entrevista à agência noticiosa Associated Press (AP), Schumer afirmou que os democratas estão unidos e que os republicanos e o Presidente Donald Trump serão responsabilizados se não houver acordo bipartidário.
"Desde a votação de março, as coisas mudaram", disse, apontando que os republicanos aprovaram entretanto os cortes fiscais e orçamentais defendidos por Trump, que reduziram verbas do Medicaid e de outros programas públicos.
Ao contrário de março, quando Schumer apoiou os republicanos e o líder democrata da Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, se opôs, o partido na oposição nos Estados Unidos apresenta agora uma frente comum.
Schumer defendeu que uma paralisação não agravará o atual ambiente político, argumentando que "com ou sem isso, vai piorar, porque Trump não respeita a lei".
A ameaça surge quando os republicanos consideram aprovar uma medida provisória para evitar uma paralisação a 30 de setembro. Caso não haja acordo, os democratas enfrentam duas opções difíceis: votar com os republicanos para manter o Governo a funcionar ou permitir o fecho sem uma estratégia de saída clara.
As tensões partidárias no Senado têm aumentado, com negociações sobre processos de confirmação a falharem pela segunda vez consecutiva e com os republicanos a alterarem regras para contornar objeções democratas.
Os democratas contestam ainda a decisão da administração Trump de reter unilateralmente 4.900 milhões de dólares (4.175 milhões de euros) em ajuda externa aprovada pelo Congresso, em plena discussão sobre o orçamento.
Os republicanos afirmam que a responsabilidade será dos democratas se estes não votarem a favor da manutenção do Governo em funcionamento.
O líder da maioria republicana no Senado, John Thune, insiste que Schumer deve apresentar uma proposta concreta sobre saúde, incluindo a prorrogação dos créditos fiscais para cidadãos abrangidos pelo Affordable Care Act (Lei de Assistência Médica Acessível, numa tradução literal), medida que alguns republicanos admitem prolongar antes do prazo de fim do ano.
Já o pedido democrata para reverter os cortes no Medicaid aprovados este verão é considerado pouco viável.
Schumer afirmou também que os democratas querem uma garantia de que a Casa Branca não voltará a anular fundos já negociados e aprovados pelo Congresso, depois de Trump ter bloqueado em agosto mais verbas de ajuda externa, além dos 9.000 milhões de dólares (7.670 milhões de euros) de cortes aceites em julho.
Em março, Schumer justificou o voto ao lado dos republicanos como a opção menos má, para evitar dar a Trump maior margem de manobra para encerrar agências governamentais sem uma saída definida.
A decisão gerou protestos de militantes democratas e levou alguns ativistas a pedir a sua demissão, enquanto Jeffries se distanciou temporariamente do colega de Nova Iorque.
Desta vez, Schumer atua em sintonia com Jeffries e com a estratégia interna do partido, que apresentou já esta semana sondagens aos senadores democratas que mostram que a maioria dos norte-americanos culpará Trump, e não os democratas, em caso de paralisação.
"Em março, fiz o que achei certo. Agora, a situação é diferente", concluiu.
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