Manifestação contra as reformas da segurança social e leis do trabalho.
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No maior protesto contra o governo do presidente Michel Temer e as reformas da segurança social e das leis do trabalho por ele apresentadas ao Congresso, várias das mais importantes cidades brasileiras paralisaram esta quarta-feira. Houve actos anti-Temer em pelo menos 24 dos 27 estados do país.
Os protestos tiveram maior repercussão nas cidades onde os sindicatos ligados ao transporte colectivo aderiram, como em São Paulo, onde seis milhões de pessoas ficaram durante horas sem autocarros nem metropolitano, Curitiba, capital do estado do Paraná, Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, Cuiabá, capital de Mato Grosso, e Rio Branco, capital do Acre. Outras cidades onde as manifestações contra o governo Temer tiveram maior adesão foram Salvador da Bahia, Rio de Janeiro, Maceió, , capital de Alagoas, e a capital federal do país, Brasília.
Em Brasília, cerca de 1500 manifestantes ligados ao Movimento Sem Terra invadiram ainda de madrugada o Ministério das Finanças e promoveram vandalismo. Ao longo do dia, mas dessa feita de forma pacífica, milhares de pessoas protestaram nas ruas da capital contra as reformas e a política económica do presidente, o mesmo tendo acontecido em diversas outras capitais regionais, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro.
Além de trabalhadores da área de transportes, paralisaram esta quarta-feira as suas actividades total ou parcialmente trabalhadores das áreas de ensino, saúde, limpeza urbana e dos correios, entre outros. No Rio de Janeiro e São Paulo universidades e escolas públicas não funcionaram, e na capital fluminense até os guardas prisionais aderiram ao protesto, não permitindo visitas aos presos.
Entre a diversidade de motivos de adesão aos protestos, dependendo da cidade e da entidade, estão o aumento do desemprego, que já era altíssimo no governo de Dilma Rousseff, afastada em 12 de Maio, e continuou a crescer sob Temer, a falta de segurança e de atendimento nos serviços públicos de saúde e o medo da perda de mais direitos. No caso da reforma mais polémica, a da segurança social, o governo propõe o aumento da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se reformarem e o tempo mínimo de 49 anos de contribuição para se ter direito à reforma completa, o que, se a medida for aprovada no Congresso, deixará de fora milhões de pessoas.
A corrupção envolvendo o executivo foi outro dos alvos dos protestos desta quarta-feira. Tendo capitaneado o movimento que levou à destituição de Dilma Rousseff erguendo a bandeira da ética, Michel Temer rodeou-se no entanto de pessoas acusadas de irregularidades, e ele próprio tem tido o nome envolvido em denúncias.
No mega-pacote anti-corrupção enviado na noite de terça-feira ao Supremo Tribunal Federal pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, com o pedido de abertura de investigações contra mais de uma centena de políticos consta o nome de nada menos de cinco ministros de Temer. Entre eles os dois mais próximos ao presidente, Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, acusados de movimentarem largos milhões de euros de dinheiro ilícito.
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