Um forte sismo com magnitude de 6,3 graus na escala de Richter ocorrido durante a madrugada desta segunda-feira no centro de Itália causou a morte de, pelo menos, 150 pessoas, entre as quais várias crianças. O terramoto e as réplicas que se seguiram causaram, também, pelo menos 1500 feridos e um número indefinido de desaparecidos, de acordo com o último balanço provisório das autoridades policiais italianas. O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, anunciou que já assinou o estado de emergência devido ao sismo que abalou a região de Abruzzo.
Segundo estas mesmas fontes, as vítimas mortais verificaram-se na cidade de L'Aquila, na região de Abruzzo. O sismo, ocorrido às 03h32 locais, deixou ainda milhares de pessoas desalojadas (as primeiras estimativas da Protecção Civil apontam para 50 mil) e seguiu-se a um outro terramoto, com a magnitude de 4,8 graus, registado no Norte de Itália.
Na região de Abruzzo inúmeras casas ficaram destruídas, sendo que as equipas de emergência tentam resgatar feridos presos sob os escombros e evacuar as vítimas mais graves. A Protecção Civil não descarta a hipótese de o número de mortos poder vir a aumentar.
Face à gravidade da situação foi já decretado o estado de emergência na região, sendo que as autoridades apelaram para que a população dê sangue para as centenas de feridos do sismo. A Protecção Civil pediu também à população para evitar viagens de carro, de forma a desimpedir as estradas para que as organizações de socorro possam chegar às zonas mais afectadas.
A embaixada de Portugal em Roma informou que até ao momento não tem qualquer registo de vítimas portuguesas causadas pelo sismo ocorrido na última madrugada no centro de Itália.
A secretaria de Estado das Comunidades confirmou já que nove estudantes portugueses que se encontram em Itália, na região de Abruzzo, ao abrigo do programa Erasmus, estão todos bem.
CAVACO SILVA ENVIA MENSAGEM DE CONDOLÊNCIAS
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, já enviou uma mensagem de condolências ao chefe de Estado italiano, Giorgio Napolitano. 'Nesta hora difícil para o povo italiano, quero apresentar a vossa excelência, em nome do povo português e no meu próprio, os nossos sentimentos de sentido pesar e solidariedade', refere a mensagem enviada.
PROTECÇÃO CIVIL PORTUGUESA OFERECE AJUDA
A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) manifestou disponibilidade para, num máximo de quatro horas, enviar para Itália uma equipa de apoio às operações de socorro às vítimas do sismo, composta por 49 elementos e o necessário equipamento, salientando, contudo, não ter recebido ainda qualquer pedido de apoio.
“FOI O APOCALIPSE”
Maria Francesco, que hoje sobreviveu ao sismo que hoje devastou a região de Abruzzo, contou à agência noticiosa France Press que o sismo desta madrugada a fez pensar no apocalipse.
“Há três meses que havia abalos aqui e que eram cada vez mais fortes. Esta noite foi o apocalipse, a nossa casa ruiu, ficou destruída, não podemos recuperar nada”, relatou a italiana.
Um outro sobrevivente, em declarações ao diário Corriere dell Sera, descreveu o que se estava a viver naquela região italiana: “Há pânico. Há aldeias destruídas quase por inteiro. As mães, os filhos, as mulheres, saímos todos”. “Não sei quantas pessoas ficaram debaixo dos escombros. Eu estava com a minha mulher na cama no segundo andar. No primeiro estavam a minha mãe e os meus filhos. Todos os tectos caíram. Nem sei como conseguimos sair com vida”, acrescentou.
Guido Mariani, outro sobrevivente, disse ao jornal italiano La Repubblica que esteve “três horas debaixo dos escombros” e que “felizmente” as vigas impediram que um muro lhe caísse em cima.
O italiano contou ainda que aqueles que se salvaram estavam a retirar os escombros com as mãos, sem qualquer protecção, e disse desconhecer quantas pessoas ficaram soterradas no aglomerado de casas junto à sua.
SISMO SENTIDO EM REDE PORTUGUESA
O sismo que atingiu a região italiana de Abruzzo foi sentido em toda a rede sísmica portuguesa a partir das 02h36 da madrugada desta segunda-feira, indicou o director do Departamento de Sismologia do Instituto de Meteorologia, Fernando Carrilho.
Em declarações à rádio TSF, o responsável explicou que, “o sismo não foi sentido pela população, mas foi registado em todas as estações sísmicas que fazem a vigilância da actividade, instaladas no Continente, Madeira e Açores, um facto que consideramos normal”.
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