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Armando Esteves Pereira

Armando Esteves Pereira

Diretor-Geral Editorial Adjunto

Ameaça no horizonte

16 de dezembro de 2017 às 00:31

António Costa disse que 2017 foi um "ano particularmente saboroso" para Portugal. Estava a falar só de economia, porque com duas tragédias dos fogos, com tantos mortos, muitos deles por negligência do Estado, e tantos escândalos que minam a confiança dos cidadãos nas instituições, falar de "ano saboroso" é, no mínimo, um comentário infeliz e desajustado.

Sim, em matéria de economia e finanças 2017 correu bem. O melhor dos últimos anos e possivelmente melhor que os próximos. As previsões apontam para a manutenção do crescimento até 2020, apesar de se notar alguma desaceleração, já a partir de 2018.

Mas para as famílias há uma ameaça no horizonte: a subida dos juros. A Reserva Federal americana já procedeu a nova subida e prevê mais em 2018. É provável que o BCE mantenha o dinheiro muito barato no próximo ano, mas a partir de 2019 é também possível que acompanhe essa tendência de alta do preço do dinheiro.

E cada ponto percentual de aumento é uma dor de cabeça para as famílias portuguesas.

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Apesar do aumento previsto do salário mínimo, os ordenados médios não vão ter grandes subidas. Assim, em dois ou três anos a subida dos juros vai apertar severamente o orçamento das famílias.

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