Carlos Anjos
Presidente da Comissão de Proteção de Vítimas de CrimesA confusão está instalada na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). Está na hora de se parar para pensar. A primeira conferência de imprensa da ANPC a seguir à Lei da Rolha é incompreensível. Falar do número de incendiários detidos e da prevenção é anedótico: a competência para a investigação não é da ANPC e a ANPC em nada contribuiu para essas detenções.
Depois, enganosamente, juntou-se, no mesmo número, detidos por incêndios urbanos e incêndios florestais. Foi ainda dito que o elevado número de detidos tem a ver com a prevenção da própria ANPC, quando significa exatamente o contrário. Se existem detidos, os mesmos são suspeitos de fogo posto. Logo, falhou a prevenção: em regra, as pessoas são detidas depois de o crime ter ocorrido. A prevenção só é um êxito se o número de incêndios for baixo. Mas percebe-se a tentação em falar do número de presos. Porque é a única boa notícia no meio desta catástrofe. Pena que a ANPC nada tenha a ver com a boa notícia.
Boas notícias para a ANPC seriam: incêndios dominados, sem descoordenações no combate; um ataque aos incêndios rápido e as comunicações funcionarem. Porque isto, sim, é da competência da ANPC.
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Prisão preventiva é a única medida de coação que protege a sociedade.
Provados os crimes, devem ser exemplarmente punidos.
Este é o crime do homem comum, crime que infelizmente, pode ser cometido pelo nosso melhor amigo.
Não pode haver contemplações e muito menos desculpas para este tipo de comportamentos.
Tudo isto cheira a mais uma tentativa para bloquear o julgamento.
Uma abordagem no mar ou no rio, é muito mais difícil que uma abordagem em terra.