Carlos Anjos
Presidente da Comissão de Proteção de Vítimas de CrimesQuando as coisas correm mal, somos muito duros nas críticas à investigação criminal, nomeadamente à investigação de crimes económicos, assentes na demora das investigações. Já quando as coisas correm bem, nada se diz. Parece que procuramos só o que está mal, procuramos o erro. É uma cultura do bota abaixo.
Soubemos recentemente que, na sequência de uma investigação da Unidade de Combate à Corrupção da PJ, o Ministério Público, através do DIAP de Lisboa, proferiu despacho de acusação num processo muito complexo, contra quarenta e seis arguidos, sendo que entre estes arguidos, estão pessoas individuais e pessoas coletivas, sendo que entre as pessoas individuais estão treze funcionários da Autoridade Tributária.
A esmagadora maioria destes arguidos foram acusados, entre outros, dos crimes de corrupção ativa e passiva para ato ilícito, tendo o Ministério Público proposto ainda a suspensão de funções para todos os funcionários da Inspeção Tributária. Desde o início da investigação até à acusação passaram cerca de dezoito meses. Quando não se inventa, as coisas acabam por correr bem. Mas depois das críticas era merecido o elogio, quer à PJ, quer ao Ministério Público.
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Prisão preventiva é a única medida de coação que protege a sociedade.
Provados os crimes, devem ser exemplarmente punidos.
Este é o crime do homem comum, crime que infelizmente, pode ser cometido pelo nosso melhor amigo.
Não pode haver contemplações e muito menos desculpas para este tipo de comportamentos.
Tudo isto cheira a mais uma tentativa para bloquear o julgamento.
Uma abordagem no mar ou no rio, é muito mais difícil que uma abordagem em terra.