1 - Lobo Xavier, da ‘Quadratura do Círculo’, é mais um comentador que transcendeu a filiação partidária. Mas não a caminho do livre arbítrio. Como Morais Sarmento, Santana, Coelho ou Vitorino, é independente do partido e dependente de cargos e remunerações.
2 - Marques Mendes disse domingo na SIC que Marcelo já não é "porta-voz do governo", como eu tinha escrito no CM nessa manhã. Os media deliraram com a "revelação" de Marques Mendes, dado que ele mesmo é o porta-voz informal de Belém. Porta-voz há só um!
3 - O comentatório nacional arrastou-se atrás da desinformação do governo dizendo que não se devia divulgar a lista das vítimas de Pedrógão "por respeito às vítimas" quando era precisamente esse respeito que deveria ter motivado a sua divulgação imediata.
4 - A Coreia do Norte é uma ditadura férrea tão segura de si que faz da fantochada de lançar uns foguetes para o Pacífico política externa para andar nas bocas do mundo, irresponsabilidade que pode levar a uma guerra. Trump está mortinho para a fazer.
5 - Não percebo de bola, mas não mostrou a pré-época que as nossas melhores equipas são fracas em termos internacionais? Não interessa. Venha o campeonato na santa terrinha e os adeptos dos três "grandes" vibrarão com um golo marcado ao Desportivo das Aves.
6 - Há novos canais religiosos no cabo. Por fim, a Igreja Católica não deixa todo o espaço livre aos evangélicos brasileiros. Tem demorado. Há mais dum século que o Vaticano e a elite católica nacional falavam da necessidade de estar no espaço mediático.
Tendências
Não Verão
A TV só quer é que o Verão acabe. Perde centenas de milhares de espectadores, que ou andam nos trabalhos agrícolas até tarde ou
ficam na praia até o sol se pôr, e depois petiscos. Têm grandes quedas de audiência das 18h às 24h. Domingo, só a SIC teve a surpresa de ficar acima da média, mas, com uma audiência de 7,9% no horário nobre - a milhas do que teria anos atrás.
Pico
A hora a que mais TV se vê é às 22h30. Com a barriga cheia e bem sentados, somos 4,5 milhões os que diariamente nos deixamos embalar pelas imagens em movimento a essa hora, mais 1,5 milhões do que os que vêem o arranque dos noticiários, que tantos analistas consideram o mais importante dos telejornais. Em temos de visibilidade, é bem melhor aparecer no fim, mas vá-se lá dizer isso aos analistas.
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Também me chocou que no Fundão tivessem visto a divulgação do caso como um "ataque" ao povo
Em Gouveia e Melo pressente-se a irascibilidade, a falta de preparação mínima, os acessos de cólera.
A ideologia do ofendidismo woke contribuiu para abalar a reputação do jornalismo, de todo ele.
Noutros tempos, falava-se e vivia-se politicamente com um leque amplo de conceitos; passámos a dois.
Mercantilização de debates é lamentável por parte da SIC e TVI, mas é repugnante no caso da RTP.
Eu tinha 15 anos quando li a 6 de janeiro de 1973 a primeira edição do 'Expresso'.