As notícias que mais aprecio sobre as Autárquicas são as da campanha para as freguesias. Não que a informação sobre a campanha para as câmaras seja sem interesse, pelo contrário. São apontamentos que deixam entrever candidatos, promessas, disputas e dispositivos de propaganda. Mas concentram-se as mais das vezes nos dirigentes dos partidos, o que, sendo também realmente informativo, desfoca um pouco o carácter local das eleições.
Ao privilegiarem a participação dos líderes partidários em acções de campanha, os media contribuem involuntariamente para atribuir um sentido "nacional" às eleições que porventura não determina o voto da maioria dos eleitores.
Com a informação sobre as pequenas freguesias isso não pode acontecer, porque os líderes não vão lá, como a Monte, Fafe. O presidente da junta está eleito à partida: é o único candidato. É agricultor, com uma pequena vacaria. Ali, como em Eja, Penafiel, onde a filha de 21 anos do actual presidente se candidata, os grandes problemas que prometem resolver são os da rede de água e do saneamento básico.
A democracia, com políticas sociais como nunca houve e autarquias eleitas desde 1976, não trouxe ainda o saneamento básico a centenas de milhares. De assuntos como este - básicos! - não falam os líderes partidários e os galinhos que se candidatam às grandes autarquias. Alguns destes futuram promessas loucas, como o aeroporto internacional em Coimbra ou, caso do meu concelho, obras multimilionárias e suspeitas que jamais concretizarão.
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