A preocupação de conter polémicas sobre a tragédia tem sido óbvia por parte do Governo e do Presidente e compreende-se.
É a altura de acabar com o inferno do fogo, chorar e identificar as vítimas, tratar dos vivos. Mas para que estas pessoas não tenham morrido em vão importa não esquecer.
Para um país que tem nos incêndios um problema crónico, que nunca encontrou um modelo estável de combate, que tem um poder político que já consentiu todo o tipo de negociatas na contratação de meios aéreos e de outro equipamento, que consente todo o tipo de mediocridades nas hierarquias da proteção civil e quejandos, é imperativo respeitar o luto, mas não esquecer e tirar as lições necessárias.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Nos últimos dez meses ocorreu uma média de 396 acidentes diários, com vítimas, nas estradas.
O PS e a esquerda há vinte anos que não ganham presidenciais.
Ao mexerem-se por Gaza e outras tragédias, os ativistas só podem ser culpados de humanidade e coragem.
O silêncio mostra o cinismo do debate político sobre o MP.
Desapareceu ontem e deixa muita saudade entre quem aprecia o vigor das ideias, do debate, do confronto.
Não quer, de todo, ser julgado.