Passam este mês 250 anos sobre a publicação completa – o último de nove volumes, em janeiro de 1767 – de ‘Tristram Shandy’, de Laurence Sterne (está publicado em Portugal pela Antígona, ‘Vida e Opiniões de Tristram Shandy’, fabulosa tradução de Manuel Portela).
De que trata o romance? De tudo. É esse o segredo: camadas e camadas, declives, assombrações, abismos. De todas as formas conhecidas de começar um livro, escreve Sterne, a melhor é a sua: pela primeira frase.
O que se segue é um prodígio de humor e de desconcerto: capítulos suprimidos ou fora de ordem, frases incompletas, confissões de plágio, misturando ficção com realidade, páginas em branco, personagens reais, notas de rodapé, transcrição de documentos, crítica de arte, filosofia, truques tipográficos – tudo aquilo de que um romancista se pode servir.
Depois do ‘Quixote’, de Cervantes, nenhum livro influenciou tantos autores e mostrou de forma tão visível os artifícios da "modernidade".
Sem ‘Tristram Shandy’ não teríamos as ‘Viagens na Minha Terra’ nem ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’. Não seríamos como somos.
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