Tenho um vizinho que não paga multas de trânsito. Quando existe uma a ondular no para-brisas, ele remove o papel como se fosse publicidade enganosa e envia a multa para o caixote. Uma vez, ainda lhe perguntei: ‘Não vai pagar?’ Ele riu: ‘Espero pela prescrição. Ou pelo perdão, o que vai dar ao mesmo.’
Se juntarmos ao retrato o facto de ele ser empresário, percebe-se por que motivo pensei no personagem quando ouvi falar no ‘perdão fiscal’ de Costa que repete o ‘perdão fiscal’ de Passos. Uma medida que era excepcional converteu-se em mera rotina para compor as contas?
Os empresários que tomem nota e, já agora, que façam os seus planos a contar com o expediente, típico de economias moribundas. Imagino mesmo o meu vizinho, a olhar para a carta das Finanças, e a dizer aos sócios: ‘Pagar? Para o ano pensamos no assunto.’ E todos aplaudem a inteligência do chefe.
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