António Costa bem tentou: assinou um acordo com os parceiros sociais para descer a TSU na esperança lorpa de ter a extrema-esquerda a rasgar compromissos em público. Não aconteceu. A extrema-esquerda chumbou a medida – mas acrescentou rapidamente que não há crise à vista nem eleições antecipadas. Por ela, o governo está para durar. E Costa?
Costa sabe que o tempo urge, a economia portuguesa continua vulnerável aos humores externos (de Trump, de Merkel, do BCE) e que ficar no barco é arriscar naufragar com ele. Mas, ao mesmo tempo, Costa também sabe que saltar fora por capricho, incompetência ou cobardia é um afogamento eleitoral.
No passado, ‘saída limpa’ era a expressão corriqueira para nos livrarmos da ‘troika’. Hoje, ‘saída limpa’ significa outra coisa: o PS ter eleições antecipadas sem ser responsável por elas. Saber como Costa vai resolver este mistério é filme que merece um Óscar.
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André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.
Se a esquerda prefere perder as eleições a engolir Seguro, são dois vazios que Cotrim preenche.