Na Holanda, a extrema-direita perdeu. Mas perdeu para quem? Para o liberal Mark Rutte, claro, que conseguiu a vitória depois de ter feito voz grossa contra a Turquia. Por outras palavras: Rutte não venceu o populismo; ele aproveitou-se do populismo para mostrar aos holandeses que a célebre ‘tolerância’ tem limites.
Pessoalmente, nada contra: como alguém dizia, o populismo é aquele convidado bêbado que aparece para jantar. Ele é rude, inconveniente e até faz olhinhos à mulher do anfitrião. Mas, lá pelo meio, vai dizendo duas ou três verdades que o álcool sempre traz à tona.
Se Mark Rutte e o próximo governo souberem interpretar as preocupações reais dos holandeses embriagados – a segurança, a política de imigração, os excessos do multiculturalismo –, a besta populista será domada. Se varrerem o lixo para debaixo do tapete, a derrota e o ostracismo de Wilders serão apenas temporários.
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André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
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