Portugal saiu do Procedimento por Défice Excessivo e as claques entraram em cena. A direita reclamou vitória e atribuiu o feito ao governo Passos-Portas. A esquerda guardou a taça só para si e voltou à fantasia da ‘reposição de rendimentos’.
O Presidente, para serenar as crianças, disse que havia bolo para todas. Em que ficamos? Sim, o grande esforço no défice foi feito nos anos da ‘troika’. Mas o grande mérito de Costa não está naquilo que ele fez; está naquilo que ele não fez: lançar o país num PREC encapotado.
Isso implicou convidar a extrema-esquerda para o baile sem nunca permitir que ela conduzisse a dança. Melhor: depois dos amendoins da praxe (salários, pensões, etc.), os camaradas estão domados. Verdade que, com a actual maioria, o país não se reforma; e a conjuntura favorável pode ser, precisamente, conjuntural. Mas, em política, a arte de não estragar também merece ser saudada.
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André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.
Se a esquerda prefere perder as eleições a engolir Seguro, são dois vazios que Cotrim preenche.