O mundo prepara-se para evocar o centenário da Revolução Bolchevique e Cavaco Silva já deu o tiro de partida. Na ‘universidade’ do PSD, o ex-Presidente perguntou: onde estão os bolcheviques?
Obviamente, não estão: se PCP e Bloco ainda mereciam o benefício da dúvida, agora não há dúvidas. Temos dois partidos ‘burgueses’, que disputam a distribuição das migalhas – mas que, no essencial, aceitam cortes brutais na despesa e acatam qualquer ordem de Bruxelas sem ‘piar’ e muito menos defender a ‘revolução socialista’.
No fundo, PCP e Bloco são como amantes que prometem muito – e, na hora decisiva, retiram-se do quarto com a cabeça baixa. Uma vergonha? Eu prefiro chamar-lhe um progresso. Mas percebo que os camaradas não gostem de ver a sua própria impotência na praça pública. Por isso insultam Cavaco com a mesma fúria com que Lenine, esteja lá onde estiver, os insulta a eles.
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Qualquer destas hipóteses é suficientemente reveladora para nunca mais levarmos a sério os ‘humanistas’ que só se comovem com Gaza.
Tempos houve em que Gouveia e Melo limpava as presidenciais à primeira. Eram tempos em que o almirante usava a farda, não a fala.
A campanha involuntária por Ventura já foi feita – e este, contente e anafado, pensará em novos iscos para reiniciar a pescaria.
Compreendo os ‘progressistas’: apanhados pela armadilha de Ventura, têm de redobrar o seu esforço na defesa do indefensável.
Sob a capa bondosa do progressismo, do ecologismo e do europeísmo, o ‘centralismo democrático’ do Livre está bem e recomenda-se.
Se tivesse dependido dos camaradas, jamais o dr. Balsemão teria tido o seu canal privado.