Uma amiga de esquerda, confrontada com o discurso de António Costa sobre a tragédia dos fogos, comentou: ‘Parece um homem de direita.’ Sorri e compreendi.
A esquerda sempre teve a ilusão da sua própria superioridade moral. A direita despreza os pobres e os humildes. A esquerda, pelo contrário, tem o coração no sítio certo.
Não vale a pena elaborar sobre a caricatura. Excepto para lembrar que ela contribuiu para a humilhação de Costa – e para o ascendente de Marcelo. Para o Presidente, os fogos e as vítimas não se resumem a incompetências técnicas.
O que horrorizou Marcelo – e os portugueses, a começar pelos de esquerda – foi a desumanidade de António Costa e o seu discurso burocrático, sem ponta de mágoa ou arrependimento. E alguns perguntaram: onde está o sentimento da esquerda quando mais precisamos dele? Não está.
E não deve estar: a mera decência humana não é uma questão ideológica.
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Nas próximas presidenciais, e contando com dois mandatos para o próximo inquilino, a abstinência pode chegar aos trinta.
André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.